Preço da carne em Goiânia cai quase 9% em 2023, diz IBGE; entenda
Júnior Kamenach
11 janeiro 2024 às 15h30
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O preço da carne, em Goiânia, sofreu uma queda de 8,64% em 2023, quando comparado a 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – índice que mede a inflação – divulgado nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por outro lado, em dezembro o produto teve uma alta de 1,32%, a terceira variação positiva em 12 meses. As carnes representaram ainda um peso mensal de 3,57% no IPCA.
Ao Jornal Opção, o presidente do SindiAçougue, Silvio Yassunaga, explicou que o aumento da oferta de boi gordo no mercado pode explicar a queda nos preços.
“Em 2022, os pecuaristas seguraram as novilhas no pasto para criação de bezerros. Já em 2023, os criadores colocaram essas fêmeas no mercado, o que acentuou o ciclo de oferta”, destacou.
Outro motivo que pode justificar a redução é o poder de compra das famílias. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de Goiânia fechou 2023 em 3,54%, abaixo da variação de 3,82% do IPCA.
“Esses índices demonstram que, as quedas nos preços dos produtos alimentícios, especialmente das carnes, tiveram pesos melhores para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários-mínimos (INPC) do que para as famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos (IPCA)”, explica o IBGE.
Análise por corte
Yassunaga ressalta que é difícil apontar qual corte foi o determinante para a queda no ano. Segundo ele, cada época tem uma oferta e uma demanda diferente.
Por outro lado, a alta de dezembro já pode ser explicada pela maior procura nos cortes grill, como alcatra, contrafilé, picanha, fraldinha, entre outros.
“São carnes com uma demanda maior no final de ano, porque são frequentemente usadas em churrascos. Como é uma época de festas e confraternizações, pode ser o motivo do alta”, explica.
Já outros cortes, como acém e músculo, que são da parte dianteira do gado, o presidente pontua que os preços costumam cair no final de ano.
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