A executiva do Progressista se reuniu nesta terça-feira, 20, e instalou uma comissão especial que vai analisar a expulsão de Paulo Daher do partido. O partido ratificou a decisão de tirar Daher da presidência da comissão provisória do PP em Goiânia. Na reunião estavam presentes o presidente estadual, Alexandre Baldy, o secretário de Indústria Comércio e Serviços de Goiás (SIC), Joel Sant’Anna Braga, o deputado estadual, Jamil Calife, o deputado federal, Adriano do Baldy, e outros integrantes da executiva estadual.

Mesmo com a decisão, Daher continua no cargo, por conta da liminar concedida no início de agosto pela desembargadora Alessandra Gontijo do Amaral, que questionou a forma de como o afastamento foi comunicado. A executiva estadual do PP afastou Daher por infidelidade partidária e por fraude na convenção do partido.

Segundo Braga, a decisão pela destituição de Daher do cargo foi unânime entre os presentes. “O partido não quer ele como vice de Vanderlan (Cardoso) não é esse o projeto que nós temos para o PP”, afirmou o titular da SIC ao Jornal Opção.

Até o momento, o vice de Vanderlan, Paulo Daher, disse à reportagem que não havia sido comunicado da decisão e que sempre respeitou a decisão do partido. “Ainda acredito que o consenso nos trará melhores resultados”, afirmou.

Mérito

A decisão sobre como fica a posição do PP nas eleições municipais deste ano agora fica por conta da Justiça Eleitoral que ainda precisa julgar o mérito da liminar que manteve o partido na chapa de Vanderlan Cardoso (PSD).

Na última segunda-feira ,19, o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer pedindo que a liminar concedida pela desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), seja revogada ou então remetida para um juiz de primeiro grau. De acordo com o procurador Regional Eleitoral, Marcello Santiago Wolff, o TRE não teria a competência para julgar a liminar, porque a decisão deveria ficar a cargo da primeira instância da Justiça Eleitoral, ou seja, da 127ª Zona Eleitoral.

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