Por falta de pagamento, servidores da Saúde deflagram greve em Goiânia
09 janeiro 2017 às 17h03

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Apenas parte da categoria afirma ter recebido salário atrasado; trabalhadores devem realizar nova assembleia nesta terça-feira (10)

Os servidores da Saúde de Goiânia deflagraram greve nesta segunda-feira (9/1). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), foi realizada uma assembleia geral da categoria no início da tarde da segunda (9) e, graças ao atraso pelo pagamento referente ao mês de dezembro do ano passado, servidores decidiram pela paralisação.
A greve só poderá ter início depois de 72 horas da deflagração, prazo exigido por lei para comunicar a gestão e a população, sendo prevista para quinta-feira (12). Entretanto, uma nova assembleia dos servidores foi marcada para esta terça-feira (10) após alguns trabalhadores relatarem que receberam o pagamento.
“Vamos nos reunir novamente e verificar se todos os servidores receberam. Caso o pagamento não tenha sido regularizado para todos, daremos prosseguimento na paralisação”, explicou a presidente do Sindsaúde/GO, Flaviana Alves.
No fim da gestão de Paulo Garcia (PT), o pagamento da folha dos servidores da Saúde ficou fora da quitação de débitos. O novo prefeito, Iris Rezende (PMDB), recebeu a direção do sindicato na segunda-feira da última semana (2) e pediu um prazo de cinco dias para resolver a solução. O prazo venceu na sexta (7) e a gestão pediu um novo prazo até às 11 horas desta segunda-feira (9).
O prazo chegou ao fim antes do fim da assembleia e como alguns dos servidores não receberam o pagamento, houve a decisão pela greve. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o pagamento dos servidores foi realizado no início da tarde.
De acordo com Flaviana, a situação tem gerado transtornos para a capital. “Esses trabalhadores estão sem recursos inclusive para irem ao trabalho e por conta disso, alguns Cais tiveram suspender o atendimento. O servidor tem conta para pagar, tem compromissos com o salário e uma irresponsabilidade dessas o coloca em situação constrangedora”, afirmou.