Por conflito com Marcos Abrão, presidente do PPS em Goiânia renuncia ao cargo
26 junho 2017 às 09h52

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Darlan Braz chama deputado federal de “imaturo” e diz que rompimento se deu por “ciumeira política”

O contador Darlan Braz renunciou, na última semana, ao cargo de presidente do diretório Metropolitano do PPS em Goiânia. Por meio de nota, afirma que fez tudo que estava a seu alcance, mas que é preciso compor uma nova direção para o “restabelecimento do diálogo”.
Desde o ano passado, ele e o presidente do partido em Goiás, o deputado federal Marcos Abrão, romperam relações. “Por conta de picuinhas internas, criou-se uma indisposição entre nós. Não temos relação política então prefiro deixar o diretório para não prejudicar o partido”, explicou.
Segundo Braz, começou a surgir boatos de que ele estaria plantando notas em jornais contra Marcos Abrão e sua tia, a senadora Lúcia Vânia (PSB). Os dois acabaram se desentendendo, inclusive com discussões calorosas, o que culminou no afastamento.
“Eu banquei a vinda de Marcos Abrão para o PPS, ninguém da direção estadual queria, articulei junto ao governador [Marconi Perillo]. Não tenho nada contra ele, infelizmente é a ‘ciumeira política'”, completou.
Em entrevista ao Jornal Opção, o ex-presidente teceu críticas ao deputado, a quem chamou de “imaturo” e “temperamental”. “Se eu fosse para a disputa, seria reeleito com tranquilidade, mas prefiro não ficar com rinhas”, argumentou.
A tese de Darlan Braz é justamente que, sob Marcos Abrão, o partido perdeu suas características fundamentais: a organicidade e o debate: “Se eu te contar que há mais de dois anos o partido não se reúne você não acreditaria, não é? Nem para trocar figurinha.”
Até outubro, o PPS renova os diretórios municipais em congressos para que, em novembro, seja feita a eleição para escolher o novo comando estadual. Marcos Abrão deve ser reeleito presidente com tranquilidade.