Policial penal é preso suspeito de fornecer arma usada para matar advogado em Rio Verde

03 fevereiro 2025 às 12h32

COMPARTILHAR
Um policial penal foi preso suspeito de fornecer a pistola utilizada para executar o advogado Cássio Bruno, em Rio Verde. A vítima foi morta por pistoleiros no dia 3 de outubro de 2024, quando o novo detido exercia o cargo de diretor do presídio de Mozarlândia.
LEIA TAMBÉM
Pistolagem e ações de R$ 250 milhões: advogado pode ter sido morto por encomenda em Rio Verde
Polícia prende mais três suspeitos de envolvimento na morte do advogado em Rio Verde
Em nota, a Diretoria Geral de Polícia Penal (DGPP) informou que o suspeito é plantonista e que estava de folga no momento da prisão. O policial foi detido no domingo, 2, na BR-070, entre as cidades de Goiás e Itaberaí.
Ele foi entregue à Corregedoria do sistema prisional, que acompanhou as diligências. Em buscas na residência do acusado, outras duas armas de fogo foram apreendidas.
A corporação chegou até o policial penal por meio da numeração da arma de fogo usada no crime, que foi gravado pelo executor dos disparos. Um vídeo do investigado empunhando a arma foi localizado na memória do celular dele.
“Com a numeração da arma de fogo, foi possível identificar o proprietário dela, preso no último dia 14 de janeiro, em Montes Claros de Goiás. Em interrogatório, esse CAC, que foi servidor como vigilante penitenciário, disse que vendeu essa arma para o chefe [policial penal]”, explicou o delegado Adelson Candeo.
Ao ser alvo de operação, o ex-diretor tentou enganar a polícia, informando que a arma estaria em uma loja de venda de armas e munições. Entretanto, mesmo apresentando o mesmo calibre e modelo, a numeração do armamento não batia com o analisado no vídeo.
A partir deste momento, o policial passou a não querer cooperar com as investigações. A PC, então, representou pela prisão do investigado.
“Ele negou que tenha fornecido a arma de fogo ao grupo criminoso, mas foi constatado que ele fornecia armas de fogo a várias pessoas do seu convívio. Possivelmente, através desta forma, a arma tenha chegado ao grupo que praticou o crime contra o advogado”, concluiu.