Polícia prende vereador e mulher por suspeita de tortura e assassinato de Henry Borel, de 4 anos
08 abril 2021 às 09h18
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Conforme levantado pelos investigadores, o vereador tinha o costume de agredir a criança com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. As autoridades concluíram também que a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa Almeida, tinha conhecimento dos acontecimentos pelo menos desde o mês de fevereiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira, 8, o vereador carioca conhecido como Dr. Jairinho (Solidariedade), padrastro do menino Henry Borel Medeiros, bem como a mãe do garoto.
As investigações deram conta de que a criança, de apenas 4 anos de idade, teria sido assassinada, em 8 de março, mediante a tortura e sem qualquer chance de defesa. O casal foi preso por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões.
Conforme levantado pelos investigadores, o vereador tinha o costume de agredir a criança com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. As autoridades concluíram também que a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa Almeida, tinha conhecimento dos acontecimentos pelo menos desde o mês de fevereiro.
Henry foi encontrado morto na madrugada de 8 de março no apartamento em que Monique vivia com Jairinho. Apesar de alegarem que o menino sofreu um acidente doméstico e que estava desacordado ao encontrá-lo, a exame cadavérico apontou que o oposto.
Segundo os laudos da necropsia, Henry teve uma hemorragia interna e laceração hepática no fígado, causada por uma ação violenta.
O documento diz que a criança tinha múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, além de infiltração hemorrágica na parte frontal, lateral e posterior da cabeça. A autópsia apontou para uma grande quantidade de sangue no abdômen, contusão no rim e trauma com contusão pulmonar.
Após todos os especialistas e a própria reconstituição do crime afastarem a possibilidade de acidade, o 2° Tribunal do Júri da Capital expediu os mandados de prisão temporária da casal. Jairinho e Monique não deram declarações ao serem presos, em Bangu, no Rio de Janeiro.