Justiça manda prender mulher que asfixiou o marido com sacola e enterrou corpo em freezer

02 junho 2025 às 15h49

COMPARTILHAR
A pedagoga Cláudia Tavares Hoeckler, de 42 anos, foi presa no último sábado após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender o direito da ré de aguardar o julgamento em liberdade. Cláudia confessou ter matado o marido, Valdemir Hoeckler, de 43 anos, em 14 de novembro de 2022.
Cláudia dopou o marido e, quando ele adormeceu, ela o asfixiou com uma sacola plástica de supermercado e escondeu o corpo no freezer da cozinha. O crime aconteceu em Lacerdópolis, em Santa Catarina.
Como a ré tinha confessado o assassinato e colaborado com as investigações, a Justiça de Santa Catarina havia concedido a Cláudia o direito de aguardar o julgamento em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, em agosto de 2023. Ela trabalhava como vendedora durante o dia e, à noite, como cozinheira em um restaurante.
O Ministério Público, no entanto, recorreu ao STF, que determinou o retorno da ré à prisão. Ela se entregou à Penitenciária Feminina de Chapecó. “Vou fazer o que a Justiça determinou”, disse em um vídeo postado nas redes sociais momentos antes de se apresentar.
De acordo com o STJ, a soltura de Cláudia foi indevida diante da gravidade do crime. A ré teria premeditado o homicídio, ocultado o cadáver e comunicado falsamente o desaparecimento do marido, o que dificultou as investigações.
Ela foi descoberta por causa de uma contradição envolvendo o freezer da casa. Valdemir era considerado desaparecido. Um vizinho do casal, que costumava fazer compras com eles, relatou que, dias antes, o freezer da residência estava vazio. No entanto, ao vistoriar o local, a polícia encontrou o eletrodoméstico repentinamente cheio de produtos congelados, sem que houvesse qualquer registro de compra recente.
A incoerência chamou a atenção dos investigadores, que encontraram o corpo de Valdemir dentro do freezer.
Cláudia afirmou à Justiça que matou o marido após anos de agressões físicas, estupros e violência psicológica. Conforme seu depoimento, Valdemir a espancava, inclusive com a filha no colo, e a estuprava enquanto a enforcava.
Leia também
Treinamento do Exército que matou militar deixa 10 feridos em Goiás