Presidente do diretório Metropolitano afirmou que vereadores se reunirão com Iris Rezende no próximo mês para definir posicionamento

Deputado Bruno Peixoto discursa durante eleição do diretório Metropolitano do PMDB | Foto: Alexandre Parrode
Deputado Bruno Peixoto discursa durante eleição do diretório Metropolitano do PMDB | Foto: Alexandre Parrode

Não é novidade para ninguém que o PMDB e o PT não caminharão juntos nas eleições de 2016 em Goiânia. O partido do prefeito Paulo Garcia anunciou a deputada estadual Adriana Accorsi como pré-candidata petista ao pleito de 2 de outubro. Já o PMDB deve ir de Iris Rezende — ex-prefeito da capital.

No entanto, o clima (semi) amistoso entre os dois partidos não deve durar muito. Isso porque, na última sexta-feira (18/3), a atual gestão confirmou dívidas deixadas por Iris Rezende — o que teria prejudicado a administração de Paulo. Foi, talvez, a primeira vez que o prefeito verbalizou o descontrole financeiro do ex-aliado.

De fato, desde que se começou a ventilar a possibilidade de uma nova candidatura de Iris, o PMDB se distanciou do PT. Não raro ver vereadores, como Clécio Alves e Célia Valadão (que já foram presidente e líder da prefeitura na Câmara, respectivamente), atacarem projetos do atual prefeito. O vice, Agenor Mariano, também teceu duras críticas a Paulo Garcia nos últimos meses.

Contudo, uma “separação” formal ainda não tinha sido discutida. Até agora. O presidente do diretório Metropolitano do PMDB, deputado estadual Bruno Peixoto, revelou ao Jornal Opção que está marcada para a primeira semana de abril uma reunião entre Iris e os vereadores. Na pauta, a relação do PMDB com a prefeitura até as eleições e o final do mandato de Paulo Garcia.

Segundo ele, uma coisa está sacramentada: “Não haverá aliança no primeiro turno”. Já o posicionamento de seu partido a partir do dia 2 — prazo máximo para que políticos deixem cargos para disputarem a eleição de 2016 — ainda é incerto. A tendência é que fique independente.

Questionado sobre os cargos do PMDB na Prefeitura de Goiânia, Bruno Peixoto assegurou que nenhum deles foi “indicado” pelo partido. “Nós não indicamos nenhum secretário. Existem titulares de pastas que são do nosso partido, mas foram escolhidos por Paulo Garcia. Cabe a ele a condição de nomear e exonerar”, completou.

Ao final, o presidente disse que o atual prefeito foi “ingrato” para com o PMDB: “Nós deixamos, aproximadamente, 126 milhões de reais em caixa de recurso do Tesouro Municipal mais 70 milhões em obras empenhadas junto ao governo federal.  Deixamos a prefeitura com equilíbrio financeiro”.