Os policiais que faziam a escolta do empresário Vinicius Lopes Gritzbach, morto em um tiroteio no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram identificados, prestaram depoimentos e foram afastados pela Corregedoria da PM. Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima tiveram os celulares apreendidos.

Uma das linhas de investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) é que os seguranças do empresário teriam falhado de forma proposital e indicado o momento do desembarque no terminal aeroviário. Com os celulares apreendidos, a polícia quer saber o conteúdo das conversas nos momentos que antecederam o crime.

Os policiais teriam argumentado que o veículo que buscaria o empresário no aeroporto teria quebrado à caminho do local. Por isso, apenas dois seguranças foram fazer a segurança de Vinicius, enquanto os outros ficaram onde o veículo teria quebrado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a namorada do empresário, que estava no momento da execução, também prestou depoimento. “Os dois carros utilizados pela escolta da vítima e um terceiro, supostamente usado pelos atiradores, foram apreendidos e periciados, assim como os celulares dos integrantes da escolta e da namorada do homem”, informou a pasta.

O caso

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulho na última sexta-feira, 8. O empresário foi surpreendido após voltar de Goiás com a namorada. Ao sair do Terminal 2, ele foi alvejado com tiros de fuzil.

O homem era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) devido a delação premiada sobre lavagem de dinheiro da facção. Relatos afirmam que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela sua morte.

Os tiros de fuzil partiram de um Gol preto, que foi encontrado em uma comunidade em Guarulhos. No veículo a polícia encontro munições de fuzil e um colete. Também houve um outro tiroteio perto do Hotel Pullman, nas imediações do aeroporto.

Vinicius teria mandado matar dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção paulista que age dentro e fora de presídios. Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021. Os dois eram membros da facção.

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