O deputados estaduais aprovaram em definitivo, nesta quinta-feira, 12, o projeto que cria o Plano Estadual de Cultura de Goiás (PECGO). A proposta, elaborada a partir de discussões do Conselho Estadual de Cultura, Secretaria de Estado da Cultura e agentes culturais do Estado, agora para sanção.

A secretária de Cultura, Yara Nunes disse ao Jornal Opção que o plano voltou a ser discutido a partir da recriação da Secretaria de Cultura, em 2019. “Foram ouvidas as classes artísticas, tivemos audiências públicas e ampla participação da sociedade civil. Muito do que está nesse plano já está sendo realizado, como a formação dos agentes de cultura”, explica.

Leia também: Yara Nunes: “Em Goiás, a cultura não é vista como ‘patinho feio’ da gestão pública”

Com base nas discussões com a sociedade civil, artistas e entidades, as demandas foram incluídas na proposta que conta com 12 eixos estratégicos, 15 diretrizes, 47 metas e quase 200 ações que fazem parte da Lei.

Ela reforça ainda que a proposta tem como meta a descentralização, democratização e, principalmente, a valorização da cultura e dos artistas goianos em todo o Estado. “Vamos fomentar a cultura através de editais para levar o acesso à cultura no interior do Estado.”

O Plano de Estadual de Cultural abrange um conjunto de estratégias, diretrizes e ações para valorizar, reconhecer e promover atividades que preservem a identidade do Estado de Goiás, além de assegurar a proteção e promoção do patrimônio e diversidade cultural.

A coordenação e implementação do PECGO será responsabilidade da Secult em parceria com os 246 municípios goianos e com a União. Entre as medidas está a capacitação dos agentes culturais, implantação de cineclubes em 50% dos municípios, bem como ampliar a rede de espaços culturais em todas as cidades.

Metas

Entre as metas propostas para os próximos 10 anos está a revitalização ou adequação às normas de acessibilidade de todos os equipamentos culturais do Estado e a criação de condições para que os municípios goianos tenham condições de desenvolver ao menos um espaço de cultura.

A Secult deverá realizar ainda, a cada dois anos, uma conferência estadual da Cultura com membros da sociedade civil, gestores públicos e privados, organizações e instituições culturais, além dos agentes artísticos e culturais para rediscutir as metas e planos estabelecidos no texto da Lei.

O texto propõe ainda que sejam implantadas programa de contrapartida, em que empresas beneficiárias do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), ou de outras linhas governamentais de crédito, financiem projetos culturais ou sociais, sem renúncia fiscal por parte do Estado. Além disso, o texto estabelece a criação de um programa de auxílio para o agente cultural renegociar dívidas.

Leia também:

25º Fica começa nesta terça-feira com debate sobre tecnologia e meio ambiente

Goiânia recebe evento gratuito de Hip Hop