PGR vê comercialização de emendas por deputados do PL

05 fevereiro 2025 às 20h30

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que três deputados do PL “comercializaram indevidamente” emendas parlamentares. De acordo com a denúncia, os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) estavam “no topo” de uma organização criminosa que negociava os valores das emendas. O relator do caso, o ministro Cristiano Zanin determinou, nesta quarta-feira, 5, que a acusação seja levada a julgamento na Primeira Turma da Corte.
Os parlamentares foram denunciados em agosto do ano passado ao Supremo pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. De acordo com a PGR, o grupo pediu ao então prefeito de São José do Ribamar, no Maranhão, o pagamento de propina de R$ 1,66 milhão em contrapartida à destinação de recursos públicos federais de R$ 6,67 milhões ao município, por meio de emendas patrocinadas pelos parlamentares.
A PGR analisou anotações, mensagens e áudios identificados pela Polícia Federal. De acordo com a denúncia, o deputado Josimar liderava o suposto esquema e tinha ingerência sobre emendas dos colegas. A Procuradoria ressaltou que no escritório do parlamentar foram encontradas anotações de controle de emendas destinadas a diversos municípios.
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