Pfizer diz que vacina funciona em crianças de cinco a 11 anos

20 setembro 2021 às 10h51

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Estudo foi feito em menor dose em 2.268 alunos do jardim de infância e crianças em idade escolar

A farmacêutica Pfizer afirmou, nesta segunda-feira (20), que sua vacina, produzida em parceira com a alemã BioNTech, funciona em crianças de cinco a 11 anos. A empresa afirmou que em breve buscará autorização da Food and Drug Administration (FDA) para iniciar a aplicação de doses nesse grupo nos Estados Unidos.
A Pfizer disse que estudou dose mais baixa, cerca de um terço da aplicada em adultos, em 2.268 alunos do jardim de infância e crianças em idade escolar. Apesar do comunicado, não há publicação científica ainda. O estudo está em andamento, mas a farmacêutica afirmou que não é grande o suficiente para detectar quaisquer efeitos colaterais extremamente raros.
O estudo verificou que, após o reforço, as crianças desenvolveram níveis de anticorpos que combatem o coronavírus. A informação foi dada pelo vice-presidente sênior da farmacêutica, Dr. Bill Gruber, à Associeted Press.
A vacinação com o imunizante da Pfizer é disponibilizada em vários países para qualquer pessoa acima de 12 anos. No entanto a volta às aulas presenciais e a disseminação da variante delta foram fatores determinantes para desenvolvimento de estudos para que crianças possam também ser imunizadas.
Os efeitos colaterais temporários foram semelhantes ou mais leves do que os apresentados por adolescentes. O representante da Pfizer vê urgência na vacinação dos menores. Apesar do menor risco de agravamento ou morte, a Academia de Pediatria Americana estima que 460 crianças morreram nos EUA desde o início da pandemia. Os casos entre eles aumentaram em decorrência da variante delta.
Apenas Cuba e China vacinam menores de 12 anos. Muitos países ocidentais aguardam evidências da dose certa para imunização deste grupo.
O fabricante da vacina Moderna também estuda suas vacinas em crianças em idade escolar. As duas empresas testam imunizantes para crianças a partir de seis meses.
Fonte: AP