A Polícia Federal apreendeu na última quarta-feira, 3, dentro da 13ª Vara Federal de Curitiba, um vídeo conhecido como “festa da cueca”. A gravação, encontrada durante uma operação autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mostra um encontro em um quarto de hotel cinco estrelas da capital paranaense com garotas de programa.

Segundo apurado pelo Metrópoles, o vídeo faz parte de um esquema de reuniões mensais que reuniriam integrantes da alta magistratura. Esses encontros seriam financiados por escritórios de advocacia, o que levanta suspeitas sobre possíveis irregularidades e relações impróprias entre advogados e juízes.

A operação da PF tem como objetivo investigar suspeitas de uso ilegal de informações confidenciais para pressionar decisões judiciais na vara de Curitiba. Além do vídeo, os agentes recolheram processos físicos e documentos relacionados a investigações anteriores à Lava Jato.

No material apreendido, haveria dados ligados ao empresário Tony Garcia, que atuou como informante em apurações conduzidas pelo então juiz Sérgio Moro, e informações sobre acordos de colaboração do doleiro Alberto Youssef.

Em junho de 2024, um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que Moro, quando era magistrado, teria agido em conjunto com Deltan Dallagnol e a juíza Gabriela Hardt para direcionar R$ 2,5 bilhões à criação de uma entidade privada.

Na época, Sérgio Moro negou as acusações e classificou o relatório como uma peça de “ficção”.

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