“Pessoas estão morrendo por falta de gestão da Prefeitura de Goiânia”, afirma promotor

24 abril 2018 às 19h43

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Integrante do MP de Aparecida de Goiânia Érico de Pina Cabral, afirma que ações da gestão Iris na Saúde “chega a ser criminosa”

Mais uma autoridade em saúde em Goiás condenou, nesta terça-feira (24/4), o caos na saúde municipal de Goiânia, comandada por Iris Rezende (MDB), que aumenta as filas nos postos da capital, sobrecarrega as unidades hospitalares do Governo do Estado e faz crescer a relação de vidas perdidas.
O promotor Érico de Pina Cabral, do Ministério Público em Aparecida de Goiânia e ex-titular do Centro de Apoio Operacional da Saúde, afirmou hoje que “Goiânia organiza a saúde às custas das vidas das pessoas pobres, carentes e doentes” e que “o que a Secretaria de Saúde de Goiânia está fazendo chega a ser criminoso, porque as pessoas estão morrendo por falta de gestão, por falta de sensibilidade de quem administra os recursos e trata as pessoas”.
As declarações foram feitas durante entrevista do promotor à Rádio Bons Ventos, reproduzida pelo portal de notícias Diário de Goiás (DG).
Sobre o novo software de regulação de exames implementado pela Secretaria de Saúde de Goiânia, o integrante do MP disse que o sistema é falho e defendeu que o governo do Estado passe a gerir o serviço. “Para se ter uma ideia, o CRER, que é um hospital de referência, pela primeira vez, não bateu a meta de exame, porque o software designa um exame para a rede pública, um para a filantrópica e um para a privada, uma distribuição igual. Com isso, o tomógrafo fica parado porque ele não recebe exames que tem capacidade para fazer e a população na fila esperando por isso. Aqui em Goiânia têm algumas distorções que são inadmissíveis em uma situação de caos que vive a saúde”, disse.