Pesquisa feita em Detroit aponta que uso de hidroxicloroquina e azitromicina reduz mortalidade por Covid
03 julho 2020 às 15h37

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A análise dos médicos norte-americanos apontam que a hidroxicloroquina reduziu a taxa de mortalidade em 66%. Quando associada ao azitromicina o percentual aumenta para 71%
Um relatório publicado na International Journal Of Infectious Diseases relata a análise de pesquisadores norte-americanos feita em mais de 2.500 pacientes da Covid-19 hospitalizados entre 10 de março e 2 de maio de 2020, no Sistema de Saúde Henry Ford, no Michigan. A publicação demonstra o resultado do uso de hidroxicloroquina e azitromicina nos pacientes, apontando redução da mortalidade entre os que receberam o tratamento.
O estudo norte-americano aponta entre os mais de 2 mil pacientes da Covid que tomaram o medicamento, 13% chegaram ao óbito. Enquanto em outro grupo que não fez o uso do medicamento a morte ocorreu em 26,4% dos pacientes. A análise dos médicos apontam que a hidroxicloroquina quando utilizada sozinha reduziu a taxa de risco de mortalidade em 66%. Quando associada a azitromicina esse percentual sobe para 71%.
A pesquisa ainda revela que a grande maioria dos pacientes recebeu o medicamento dentro de 48 horas após a a internação. “Nossa análise mostra que o uso da hidroxicloroquina ajudou a salvar vidas”, disse o neurocirurgião Steven Kalkanis, vice-presidente sênior e diretor acadêmico do sistema de saúde, em comunicado. “Como médicos e cientistas, procuramos os dados para obter informações. E os dados aqui são claros de que houve benefício em usar o medicamento como tratamento para pacientes doentes e hospitalizados”.
Os pacientes que receberam hidroxicloroquina e azitromicina também tiveram uma mortalidade mais baixa do que as pessoas que não receberam nenhum, assim como os pacientes que receberam só a azitromicina.
“As descobertas foram altamente analisadas e revisadas por pares”, acrescentou Marcus Zervos, chefe da divisão de Doenças Infecciosas de Henry Ford, que foi co-autor do estudo com a epidemiologista Dra. Samia Arshad.
“Atribuímos nossas descobertas que diferem de outros estudos ao tratamento precoce, e parte de uma combinação de intervenções que foram feitas no atendimento, incluindo monitoramento cardíaco cuidadoso”, disse Zervos. “Nossa dosagem também é diferente de outros estudos que não mostraram um benefício do medicamento”.
Nenhum dos pacientes apresentou efeitos colaterais, segundo os pesquisadores, embora os pacientes que foram monitorados com uma doença cardíaca tenham recebido a recomendação de não tomar os remédios.
A idade média dos pacientes da pesquisa era de 64 anos. O grupo era 51% masculino e 56% afro-americano. Independentemente do tratamento recebido, a mortalidade foi maior em pacientes com mais de 65 anos, pacientes que se identificaram como caucasianos, pacientes admitidos com níveis reduzidos de oxigênio e pacientes que necessitaram de cuidados em unidades de terapia intensiva, de acordo com os pesquisadores. (Com informações da The Epochtimes)