Procurados pelo Jornal Opção, aliados do presidente do diretório metropolitano e o próprio prefeito do PT não confirmam fim da aliança

Vereadores Wellington Peixoto e Paulo Borges e o prefeito Paulo Garcia | Fotos: Eduardo Nogueira/ Câmara de Goiânia / Fernando Leite / Jornal Opção
Vereadores Wellington Peixoto e Paulo Borges e o prefeito Paulo Garcia | Fotos: Eduardo Nogueira/ Câmara de Goiânia / Fernando Leite / Jornal Opção

A entrevista com o presidente metropolitano do PMDB de Goiânia, deputado estadual Bruno Peixoto, na qual ele afirma que a aliança entre o PMDB e o PT acabou na capital, causou controvérsia no mundo político.

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Após o Jornal Opção divulgar o fato, correligionários do presidente e o próprio prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), disseram “desconhecer” tal rompimento — explicitado pelo presidente.

Segundo Bruno Peixoto, o PMDB não é mais aliado do PT e é “oposição à atual gestão”. “Estaremos dialogando apenas o posicionamento recomendado pelo diretório municipal para que os vereadores integrem o campo da oposição à atual gestão. Vamos ter uma reunião para deliberar sobre esse tema na segunda-feira, dia 28”, explicou.

Contudo, o prefeito Paulo Garcia questionou tal posicionamento e assegurou que não foi informado sobre tal posicionamento “oficial”. “Desconheço”, resumiu ao Jornal Opção.

O mesmo fez o vereador licenciado, integrante da executiva metropolitana e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Paulo Borges. “Desconheço tal decisão, uma vez que a executiva não se reuniu para deliberar sobre o assunto. Se há alguma coisa, foi decidido por ele [Bruno Peixoto]”, justificou.

Irmão do presidente do PMDB Metropolitano, vereador Wellington Peixoto também engrossou o coro dos que não sabia de tal posicionamento. “Não fui comunicado, não sei se ele falou já a pedido do Iris [Rezende, pré-candidato do partido à Prefeitura de Goiânia]. Não conversei com Bruno”, disse.

Questionado iria para a oposição (como vereador), ele sugeriu que é difícil: “Tenho espaço dentro da prefeitura, então sou da base”. Já sobre os cargos do partido na prefeitura, estes estaria “já à disposição”.

“Sinceramente, eu não estou sabendo de rompimento. Acho natural que [o PMDB] perca os cargos, agora posicionamento dentro da Câmara é outra coisa”, arrematou.

Fala do presidente é a que vale”

Clécio concorre à presidência do diretório metropolitano | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal de Goiânia
Clécio Alves | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal de Goiânia

Ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Clécio Alves assegurou ao Jornal Opção que o presidente do diretório metropolitano do PMDB tem toda a “autoridade” e “legitimidade” para dar tal declaração.

“Se ele [Bruno Peixoto] disse isso, é o que vale. Eu não falo em nome do partido, outro vereador não fala em nome do partido. Agora, o presidente metropolitano é que pode falar pelo PMDB”, argumentou.

Na oposição desde o final do ano passado, Clécio Alves — que também é delegado nacional do PMDB — afirmou que apoia a decisão de romper com o PT. Tanto em Goiânia, quanto em âmbito nacional.