Pedir a demissão de dirigentes da petroleira por causa da corrupção é golpismo?
13 dezembro 2014 às 12h15
COMPARTILHAR
Saiu da sombra a antiga gerente da Petrobrás que prestava depoimentos sobre corrupção na empresa, mas se escondia do público. Agora ela revelou à imprensa o seu simpático rosto, o nome e o sobrenome. Venina Velosa da Fonseca afirmou que, enquanto Dilma Rousseff ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil, abasteceu-a com denúncias.
O alvo de Venina seria a Diretoria de Serviços na gestão do célebre Paulo Roberto Costa, não por acaso seu chefe. Trabalhou no ninho que gerou e distribuiu entre partidos o dinheiro que vinha do petrolão, doado por empresas que prestavam serviço à Petrobrás.
Se Venina não pode apresentar prova de que Dilma recebeu seus e-mails e documentos sobre o que se passava no seu entorno de sua gerência, a direção da petroleira confirma que acolheu denúncias da moça, examinou, considerou improcedentes e decidiu demitir a então gerente-executiva, mas esbarrou numa licença médica. Mais tarde foi afastada.
A atitude de Venina se enquadra bem naquele código de golpismo que Lula, Dilma e outros companheiros estabeleceram para proteger o PT e o governo contra ataques externos. Sim, a moça é nitidamente golpista. Ainda mais que saiu da sombra e apresentou-se ao público na sexta-feira. Golpista também é a oposição, que se apoia em Venina para pedir a demissão da primeira amiga Graça Foster da presidência da Petrobrás.