A Polícia Civil ainda investiga o destino da soja furtada e se o produto do crime teria sido revendido a terceiro.

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Vianópolis, deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão nessa quarta-feira, 16. O mandado de busca é uma das medidas cautelares da investigação policial que apura autoria, materialidade e circunstância do furto de 12 bags de soja, o correspondente a 10 toneladas do produto. O furto foi praticado no dia 12 de maio último, em um fazenda localizada na zona rural de Vianópolis.

As investigações apontaram que o autor intelectual, que mora na cidade de Campo Alegre, teria arquitetado toda a ação. Ele entrou em contato com um motorista de caminhão, que mora nesta mesma cidade, para planejar o crime, entregando-lhe um caminhão que lhe pertence. O motorista, a bordo deste caminhão, foi então até Vianópolis, onde está localizada a fazenda. Lá, encontrou outras duas pessoas também arregimentadas pelo mentor do crime. Os três foram até a fazenda, por volta das 3h da madrugada, quando não havia ninguém no local, e carregaram o caminhão com a soja. Em seguida, o motorista pegou a estrada sozinho sentido a Catalão. A Polícia Civil ainda investiga o destino da soja furtada e se o produto do crime teria sido revendido a terceiro.

O mandado de busca e apreensão foi cumprido em Campo Alegre, na residência do autor intelectual. Durante a execução da diligência, foram encontrados, no interior da residência, um aparelho celular e a quantia de R$ 71.650,00 (setenta e um mil seiscentos e cinquenta reais) em espécie. Esse montante foi apreendido e depositado em conta judicial. Ainda não se sabe a origem do dinheiro.

O mentor alegou que o dinheiro é proveniente da comercialização de produtos agrícolas, porém, ele não é produtor rural e não há CNPJ cadastrado em seu nome. Por este motivo, o montante foi apreendido, diante das suspeitas e evidências do crime, podendo ser utilizado em eventual ação penal para ressarcimento dos danos sofridos pela vítima.

Há, até o momento, quatro pessoas investigadas pelo crime. Todos eles já foram qualificados e ouvidos na Delegacia. Não houve mandados de prisão expedidos judicialmente. O autor intelectual tem várias passagens policiais e também condenações transitadas em julgado por receptação, tráfico de drogas e furto qualificado. O inquérito policial está em fase final, será relatado e remetido ao Poder Judiciário com o indiciamento dos envolvidos.