Além da prisão, centenas de remédios, que somam um total de R$ 450 mil, foram apreendidos na segunda fase da Operação Nisi Facilis

Caixa de medicamento apreendido pela Decon | Foto: Polícia Civil

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon-GO) deflagrou segunda fase da operação Nisi Facilis, que desarticula associações criminosas que comercializam ilegalmente medicamentos de auto custo utilizados no tratamento de pessoas com a Covid-19. Centenas de remédios, que somam um total de R$ 450 mil, foram apreendidos e um homem de 33 anos foi preso em flagrante por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

Os mandados de busca e apreensão e prisão foram cumpridos na residência de um investigado, no Setor Negrão de Lima, em Goiânia. Os crimes cometidos pelo homem são considerados inafiançáveis em sede policial.

Entre as drogas apreendidas estão a Propofan (Propofol), Cefriaxona, Heparina, Succinato sódico, Med pex e Etomidato. A Propofol, por exemplo, além de compor o kit intubação e ser comumente utilizada para sedar pacientes em procedimentos clínicos complexos, atualmente está falta no mercado convencional.

Durante as investigações da Polícia Civil acerca do caso, foi constatado que os medicamentos eram adquiridos por familiares desestruturados pela dor e pelo desespero, a fim de evitar a morte de entes queridos. No entanto, por se tratar de remédios sem origem de procedência, desobedeciam às normas sanitária – como acondicionamento e refrigeração inadequados – e eram comercializados por valores abusivos e muito acima do mercado regular.

A primeira fase da operação foi deflagrada no final de maio e todos os envolvidos foram indiciados por associação criminosa, que prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos, por crime contra a saúde pública, tipo penal hediondo que varia entre de 10 a 15 anos de reclusão.