Paulo Garcia rebate críticas de José Nelto e acusa mídia de criar “atrito” entre PT-PMDB
21 janeiro 2015 às 10h44

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Petista se mostrou surpreso com ataques de deputado sobre autoritarismo, afirmando que relação entre aliados está harmônica: “somos irmãos siameses”

O prefeito Paulo Garcia (PT) desmentiu, na manhã desta quarta-feira (21/1), as acusações de que o PMDB não teria “voz” na administração petista, feitas pelo deputado estadual eleito José Nelto (PMDB).
Em entrevista ao Jornal Opção Online, o petista garantiu que, ao contrário do que o peemedebista afirmou, a relação PT-PMDB está “a melhor possível”.
Em reunião na última terça-feira (20), os dois partidos debateram a reforma administrativa municipal, bem como a aliança para 2016. Membros da comissão executiva do PMDB metropolitano, liderados pelo deputado estadual Bruno Peixoto, participaram do encontro, na sede do Executivo goianiense.
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Acontece que as opiniões se divergiram sobre os frutos da ocasião. Enquanto o vice-prefeito Agenor Mariano falou em apenas “desencontro anterior de ideias” e o deputado Bruno Peixoto que os problemas estariam “superados”, José Nelto teceu duras críticas, chegando a garantir que o “PMDB não tem voz” na prefeitura.
Paulo Garcia se mostrou surpreso com a reação do deputado insatisfeito, classificando o posicionamento como “dúbio” e “sorrateiro”. “Quando ele [José Nelto] se encontrava no ostracismo, afastado da política por improbidade administrativa, eu o convidei para ser meu secretário — a contragosto do próprio PMDB”, lembrou o prefeito, que completou: “E, à época, elogiava a mim e à administração”.
O deputado explicou, em entrevista ao Jornal Opção Online na última terça (20), que só foi à reunião para ouvir e mostrou descontentamento com o petista: “Eu não concordo com esta gestão. A crise de Goiânia é problema de gestão”.
Sobre estas críticas, o gestor goianiense rebate: “É estranho que o deputado José Nelto tenha tido todas as chances de se expressar, pois eu pedi sugestões, abri espaço, mas ele preferiu não se manifestar e depois, de forma sorrateira, falar isso. Acho uma posição dúbia, para não dizer oportunista.”
Guerra só na mídia
Paulo Garcia aproveitou para ressaltar a sintonia entre PT e PMDB: “A reunião foi muito positiva, harmônica, como nossa relação”. De acordo com ele, sempre foi assim e quem tenta criar a sensação de animosidade é a mídia.
“Faço das palavras do presidente da comissão do PMDB, Bruno Peixoto, minhas: essa tentativa de provocar atrito é da imprensa. Nós somos parceiros, irmãos siameses”, acusou ele.
O petista preferiu não falar em nomes ou cabeças-de-chapa para a sucessão em 2016, se restringindo a garantir que a base aliada, sem dúvidas, fará a sucessão: “PT e PMDB estarão unidos. Os únicos que falam o contrário são os jornais”.