Petista apresentará balancete das finanças municipais, alvo de polêmicas envolvendo dívidas que resultaram em gargalos na coleta de lixo e na polêmica reforma administrativa

Prefeito Paulo Garcia durante balancete do último quadrimestre de 2013, em 12 de março último | Foto: Câmara Municipal de Goiânia
Prefeito Paulo Garcia durante balancete do último quadrimestre de 2013, em 12 de março último | Foto: Câmara Municipal de Goiânia

O prefeito Paulo Garcia deve ir à Câmara de Vereadores de Goiânia na próxima quarta-feira (4/6) para prestar contas do primeiro quadrimestre de 2014 (de janeiro a abril), num momento em que a administração municipal enfrenta crise financeira iniciada a partir do balanço do último quadrimestre de 2013, quando verificou-se que o gasto com pessoal foi de 54,96%, sendo que o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54% –– além de gargalos referentes à crise na coleta de lixo, greve da rede municipal de ensino e a polêmica reforma administrativa que extinguiu sete secretarias e uma autarquia.

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A assessoria de Paulo Garcia, consultada nesta manhã, disse que a data exata ainda não está fechada, mas confirmou que o balancete será feito no início da próxima semana. A ida do chefe do Executivo municipal à Câmara a cada quadrimestre é prevista pela LRF. A previsão inicial da visita do petista à Casa era nesta quarta-feira (28/5), porém o novo secretário de Finanças de Goiânia, Jeovalter Correa, precisou de mais tempo para elaborar relatório solicitado pelo prefeito a ser entregue aos vereadores.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB), esse relatório garantirá aos vereadores informações detalhadas das contas municipais. Ainda não há definição quando ao local do balancete, se no plenário –– onde o acesso à população e à imprensa é livre, por ser mais espaçoso –– ou se na Sala das Comissões, na qual os próprios vereadores ficam sem lugar –– já que há no local há apenas 14 cadeiras dispostas ao redor de uma única mesa. A última prestação de contas ocorreu na Sala de Comissões.

“Não estamos fugindo do plenário. Mas como pode ou não ocorrer manifestações no momento da exposição do chefe do executivo goianiense, o debate com os vereadores poderia ficar prejudicado”, reconheceu Clécio.

Cobranças

O pessebista Elias Vaz afirmou em plenário na última terça-feira (28) que cobrará de Paulo Garcia informações sobre a dívida da Prefeitura de Goiânia, estimada em R$ 70 milhões com fundos de saúde, meio ambiente e habitação. Queremos do prefeito transparência sobre as finanças municipais, pois quem não deve não teme. Ademais, a sociedade que paga impostos quer ser informada com transparência sobre a real situação financeira da prefeitura de Goiânia. Isso será cobrado de Paulo Garcia”, asseverou.