Paulo Garcia cancela prestação de contas que faria nesta quarta-feira
03 junho 2014 às 17h49
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O motivo, segundo alguns vereadores da base do prefeito, seria a não conclusão dos relatórios fiscais
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), cancelou a prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2014 que estava marcada para esta quarta-feira (4/6) na Câmara Municipal. O motivo, segundo alguns vereadores da base do prefeito, seria a não conclusão dos relatórios fiscais. A nova data para a prestação de contas seria o dia 18, mas a assessoria de imprensa da prefeitura não confirma.
A sessão na Câmara ocorreria num momento em que a administração municipal enfrenta crise financeira iniciada a partir do balanço do último quadrimestre de 2013, quando verificou-se que o gasto com pessoal foi de 54,96%, sendo que o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54% –– além de gargalos referentes à crise na coleta de lixo, greve da rede municipal de ensino e a polêmica reforma administrativa que extinguiu sete secretarias e uma autarquia.
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A ida do chefe do Executivo municipal à Câmara a cada quadrimestre é prevista pela LRF. A previsão inicial da visita do petista à Casa era no dia 28 de maio, porém o novo secretário de Finanças de Goiânia, Jeovalter Correa, precisou de mais tempo para elaborar relatório solicitado pelo prefeito a ser entregue aos vereadores.
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB), esse relatório garantirá aos vereadores informações detalhadas das contas municipais. Ainda não há definição quando ao local do balancete, se no plenário –– onde o acesso à população e à imprensa é livre, por ser mais espaçoso –– ou se na Sala das Comissões, na qual os próprios vereadores ficam sem lugar –– já que há no local há apenas 14 cadeiras dispostas ao redor de uma única mesa. A última prestação de contas ocorreu na Sala de Comissões.
“Não estamos fugindo do plenário. Mas como pode ou não ocorrer manifestações no momento da exposição do chefe do executivo goianiense, o debate com os vereadores poderia ficar prejudicado”, reconheceu Clécio.