Para Thiago Peixoto, é preciso “prudência” para que Estado cumpra LRF
15 junho 2015 às 18h09
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Secretário de Planejamento ressalta que, embora abaixo do limite máximo de gastos com funcionalismo, Goiás deve ter “cuidado” para não comprometer investimentos
O secretário estadual de Planejamento, Thiago Peixoto (PSD), explica que, mesmo acima do limite de alerta para gastos com o funcionalismo público, Goiás cumpre o estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O titular comentou a matéria publicada pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (15/6), que mostra que 22 das 26 unidades da federação enfrentam dificuldades para cumprir a lei.
Atualmente, o Estado tem 45,73% do orçamento comprometido com pagamento da folha — sendo que o limite estabelecido é de 49%. “Com o índice, Goiás está acima do chamado limite de alerta e abaixo do limite prudencial. O Estado, aliás, apresentou uma leve queda nos gastos se fizermos uma análise histórica. No final do ano passado, esse número era um pouco maior: 45,98%”, versa o texto.
No entanto, Thiago Peixoto ressalta que os ajustes devem ser constantes, e não podem ser pontuais. “É preciso ter muito cuidado para gerar economia, sem atrapalhar o bom andamento do serviço público. Mas, quanto mais o orçamento é comprometido com a folha de pagamento dos servidores, mais é afetada a capacidade de investimento do Estado”, completa. .
O secretário apontou, ainda, a reforma administrativa promovida pelo governador Marconi Perillo (PSDB), como importante parte das medidas tomadas para “contenção de gastos com o objetivo de obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal”. Segundo ele, mesmo com “pressões de categorias por aumentos”, o Estado irá cumprir o que manda a lei.
“Os números mostram que o gasto com o pagamento de mais de 163 mil servidores é a maior despesa do Estado. Mesmo com o crescimento vegetativo da folha de pagamento, com benefícios aos servidores e pressões salariais de categorias, o Estado se mantém atento para continuar cumprindo o que manda a lei”, arrematou.
Ainda de acordo com o levantamento publicado no jornal Folha de S. Paulo, Goiás foi um dos Estados brasileiros que menos reduziu o volume de investimentos no primeiro quadrimestre deste ano. Apesar da crise econômica que atinge todo o país, o governo goiano praticamente manteve sua capacidade de investimento, reduzindo apenas 0,1% dos aportes financeiros.