Para Rogério Cruz, flexibilização das medidas de enfrentamento à Covid-19 não representam “reabertura indiscriminada”
16 julho 2021 às 08h58
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“Nos últimos tempos, aprendemos que lidar com a pandemia exige a implementação e revisão de medidas de combate à Covid-19 conforme os cenários se modificam”, argumentou o prefeito
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), declarou, na última quinta-feira, 15, que as mudanças no decreto que estabelece novas regras de funcionamento das atividades econômicas no município, não se trata de uma flexibilização para uma reabertura indiscriminada.
“Nos últimos tempos, aprendemos que lidar com a pandemia exige a implementação e revisão de medidas de combate à Covid-19 conforme os cenários se modificam. Todas estas ações são definidas com diálogo e visando o equilíbrio entre a saúde pública e econômica de Goiânia”, explicou. “A flexibilização que estamos propondo não é para uma reabertura indiscriminada”, frisou.
O decreto trouxe mudanças, sendo que uma delas se refere à liberação dos cinemas e teatros, fechados há mais de 400 dias, em razão da Covid-19 e, de acordo com o prefeito, a flexibilização contou com o apoio do setor privado, que se mostrou aberto ao diálogo. “Quando precisávamos fechar, os dados epidemiológicos à época eram apresentados e eles nos atendiam. Agora, como estamos em uma situação mais segura, é possível flexibilizar um pouco mais as medidas”, salientou Rogério Cruz.
“As medidas preventivas continuarão aplicadas para o funcionamento do comércio; bares e restaurantes até 3 horas da manhã, com oito pessoas por mesa; cinemas, teatros, circos e igrejas operem com 50% da capacidade”, pontuou, adiantando que novas mudanças serão anunciadas em breve. E fez um apelo para a importância da imunização de todos. “Mantenham o uso de máscara e álcool em gel, vacine quando chegar a sua hora e continue pensando na coletividade para vencermos este vírus”.
Como afirmou o prefeito, bares e restaurantes vão poder funcionar até as 3 horas da manhã, aumentando o limite de seis para oito pessoas por mesa e com capacidade máxima de 50% de ocupação. Em relação a cinemas, teatros e circos, terão de respeitar as regras, podendo funcionar com a metade da capacidade de cada local, respeitando as medidas sanitárias, a exemplo da utilização de máscara, aferição de temperatura e álcool em gel. Já o comércio está liberado para funcionar de acordo com o alvará de cada estabelecimento.
Fim da fila
Sobre a decisão de estabelecer normas sobre a recusa de vacinas contra a Covid-19, por meio de decreto municipal, e mandar para o fim da fila quem não aceitar a receber o imunizante que estiver nos postos de vacinação da capital, o prefeito comentou que se trata de uma medida da Secretaria Municipal de Saúde. No caso, quem recusar terá de assinar um acordo. “A campanha de vacinação é uma estratégia coletiva. Recusar a vacina não afeta somente a quem o faz, mas toda a coletividade”, disse Rogério Cruz.
O secretário de Saúde, Durval Pedroso, frisou que o objetivo é inibir a prática dos chamados ‘sommeliers de vacina’. São pessoas que querem escolher a marca do imunizante a ser aplicado contra a Covid-19. Em dois dias de drive-thru no shopping Passeio das Águas, 361 pessoas recusaram a vacina disponível em virtude do laboratório fabricante. “Essas pessoas pegaram a fila, receberam a senha e não aceitaram se vacinar”.
De acordo com o documento, quem comparecer aos locais de vacinação contra a Covid-19 e não quiser receber a aplicação do imunizante ofertado estará condicionado, de forma automática, a aguardar o cumprimento de todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI), como também a finalização de todos os grupos etários para que seu nome seja aceito em nova triagem e, consequentemente, sejam vacinados.
O tema, ainda conforme o decreto, foi debatido com o Ministério Público estadual, e o registro se dará por um termo que já está disponível em todos os postos de vacinação de Goiânia e deverá ser assinado pela pessoa ou, se esta se negar, por duas testemunhas no local.