Para Gomide, divisão entre Tayrone e Paulo Garcia não afeta campanha
25 setembro 2014 às 13h25
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Candidato a vice-governador na chapa petista, o vereador por Goiânia sofreu punição do partido por votar contra o projeto do Executivo que altera alíquotas de impostos
O candidato ao governo do Estado pelo PT, Antônio Gomide, acredita que a escolha de seu vice, o vereador por Goiânia Tayrone di Martino, em votar contra a indicação do partido no projeto que altera as alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Territorial Urbano (ITU) não interfere na corrida ao Palácio das Esmeraldas.
Antônio Gomide afirmou ao Jornal Opção Online nesta quinta-feira (25/9) que o acirramento dos ânimos é uma disputa que depende de uma conversa entre prefeito e vereadores. “É uma questão interna apenas”, pontuou, se referindo à suspensão de Felizberto Tavares e Tayrone di Martino do partido por 60 dias. Ainda como punição, a executiva municipal decidiu retirar todos os direitos da dupla como vereadores petistas na Câmara, como a proibição do uso do tempo de partido em plenário. Os dois também foram substituídos na Comissão Mista.
Para o ex-prefeito de Anápolis, o posicionamento de Tayrone não afeta positivamente ou negativamente na campanha eleitoral. “Particularmente, entendo que não interfere no processo”, avaliou, ao ser questionado se a escolha se deu pelo período eleitoral. Analisando que a polêmica se limita ao Poder Legislativo da capital, Gomide relatou ainda que o eleitor de Goiânia não faz associação entre a postura de Tayrone como vereador e a de candidato a vice-governador pela chapa pura petista.
A escolha dele e do correligionário Felizberto evidenciou a divisão na legenda e na base de apoio do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, também do PT. A proposta foi aprovada em primeira votação na Câmara de Goiânia na terça-feira (23), com o placar de 19 votos contra 15. No entanto, a votação foi anulada após a constatação de irregularidades na tramitação.
Na sessão desta quinta-feira, o vereador utilizou a tribuna para dizer que não foi notificado pelo partido. “A única decisão que existe é a de bancada, para votar contra o projeto”, discursou. O vereador ressaltou que a executiva do partido não tem autoridade para se pronunciar sobre sua escolha, já que a legenda não participou dos debates do tema.
Com isso, sugeriu por escrito ao diretório municipal da sigla que seja realizado um encontro de pauta para falar sobre o tema e que as tendências do PT se pronunciem em relação às alterações das alíquotas. “Somente assim, na minha avaliação, a executiva pode tomar qualquer decisão”, relatou, complementando que tem escutado reclamações de diferentes pessoas sobre o aumento dos impostos e da gestão de Paulo Garcia.