Na segunda fase da Operação Paper Ox, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga uma organização criminosa por fraudar a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de notas fiscais de compra e venda de gado. Na manhã desta terça-feira, 1º, estão sendo cumpridas quase 50 ordens judiciais em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal. 

O número de presos ainda não foi divulgado pela polícia. A instituição também cumpre mandados de busca e apreensão, e a indisponibilidade de bens da ordem de R$ 127 milhões – o que impede a transferência de bens de uma pessoa ou empresa que não foi especificada. 

A emissão fraudulenta dos documentos teria ocorrido pelo Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Por isso, a operação é realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) com apoio da Agrodefesa. Policiais cumprem mandados em oito municípios goianos, segundo a polícia.

Primeira fase

Durante a primeira fase da investigação, que ocorreu em abril de 2024, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiatuba, Catalão, Nova Aurora, Campo Alegre de Goiás e Davinópolis. A própria Agência teria identificado as movimentações irregulares no Sistema. Segundo a Agrodefesa, há registros de movimentações indevidas em 46 municípios de todas as regiões do Estado.

Na operação foram apreendidos aparelhos eletrônicos, extratos bancários, documentos vinculados a movimentações de rebanhos e veículos avaliados em mais de R$ 650 mil. Além disso, uma servidora pública foi afastada do cargo por determinação judicial após ser apontada pela investigação como parte do grupo criminoso.

Os suspeitos podem responder por inserção de dados falsos no sistema, corrupção passiva e ativa, e organização criminosa.

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