“Opinião do PT não é a opinião do governo”, diz Dilma

19 outubro 2015 às 09h28

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“Levy fica”, declarou a presidente sobre os boatos da saída do ministro, durante entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia

Luane Caldas
Ao ser questionada sobre os rumores da saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse, em entrevista coletiva no último domingo (18/10), em Estocolmo, na Suécia, que “Levy fica”. Incomodada, acrescentou que não vai mais tocar no assunto.
“Qualquer coisa além disso está ficando especulativo, vocês não farão especulação a respeito do ministro da Fazenda comigo. É essa minha fala final”, afirmou a presidente.
Frente às opiniões contrárias, Dilma afirmou que Rui Falcão, presidente do PT, pode opinar como quiser. “A gente respeita a opinião do presidente, mas não é essa a opinião do governo”, frisou.
“Se ele [Levy] fica, é porque concordamos com a política econômica dele. Não tinha nenhuma insatisfação dele. Eu não sei como é que saem essas informações, elas são muito danosas”, finalizou a petista.
CPMF
Durante a entrevista, Dilma revelou que estão sendo discutidas, com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Nelson Barbosa, estratégias para que o governo possa aprovar a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também a Desvinculação de Receitas da União (DRU), além de outras medidas que irão complementar o ajuste fiscal, que permite o governo gastar livremente parte do Orçamento.
“A CPMF é crucial para o País. Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos”, sustentou a presidente. Sem a CPMF, Dilma afirmou ser “muito difícil” que o Brasil alcance o reequilíbrio fiscal, o que impossibilitará a volta do crescimento.