“Levy fica”, declarou a presidente sobre os boatos da saída do ministro, durante entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia 

Estocolmo - Suécia, 17/10/2015. Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimentos na chegada a Estocolmo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimentos na chegada a Estocolmo | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Luane Caldas

Ao ser questionada sobre os rumores da saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse, em entrevista coletiva no último domingo (18/10), em Estocolmo, na Suécia, que “Levy fica”. Incomodada, acrescentou que não vai mais tocar no assunto.

“Qualquer coisa além disso está ficando especulativo, vocês não farão especulação a respeito do ministro da Fazenda comigo. É essa minha fala final”, afirmou a presidente.

Frente às opiniões contrárias, Dilma afirmou que Rui Falcão, presidente do PT, pode opinar como quiser. “A gente respeita a opinião do presidente, mas não é essa a opinião do governo”, frisou.

“Se ele [Levy] fica, é porque concordamos com a política econômica dele. Não tinha nenhuma insatisfação dele. Eu não sei como é que saem essas informações, elas são muito danosas”, finalizou a petista.

CPMF

Durante a entrevista, Dilma revelou que estão sendo discutidas, com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Nelson Barbosa, estratégias para que o governo possa aprovar a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também a Desvinculação de Receitas da União (DRU), além de outras medidas que irão complementar o ajuste fiscal, que permite o governo gastar livremente parte do Orçamento.

“A CPMF é crucial para o País. Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos”, sustentou a presidente. Sem a CPMF, Dilma afirmou ser “muito difícil” que o Brasil alcance o reequilíbrio fiscal, o que impossibilitará a volta do crescimento.