Operação da PF apura repasses indevidos para agentes públicos em Goiás
28 setembro 2018 às 08h19
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Corporação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (28) a operação Cash Delivery com o objetivo de apurar pagamentos indevidos de valores a agentes públicos no Estado de Goiás. As investigações constataram repasses superiores a R$ 10 milhões no ano de 2014.
A corporação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Ao todo, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis, Aruanã, Campinas (SP) e São Paulo (SP).
São alvos da operação e tiveram as prisões decretadas o presidente da Agetop, Jayme Rincón; Jayme Rodrigo Godoi Rincón (filho de Jayme Rincón); o policial militar Márcio Garcia de Moura; o ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira e o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior. Por ser candidato às eleições de 2018, a lei eleitoral não permite que Marconi Perillo seja preso entre 15 dias antes e 2 dias após o pleito.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal validaram o conteúdo das colaborações premiadas de executivos da Odebrecht realizadas junto à Procuradoria-Geral da República.
Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A PF informou que não haverá coletiva de imprensa.