O primeiro dia do Opção Debate, promovido pelo Jornal Opção em parceria com a Times Agência de Ideias, na terça-feira, 10, contou com a presença de quatro candidatos à prefeitura de Anápolis. Antônio Gomide (PT), Erizania Freitas (UB), Hélio Lopes (PSDB) e Márcio Correa (PL). O debate foi acalorado com algumas farpas, mas de maneira geral se desenvolveu de maneira respeitosa. 

Polarização política também ficou presente no discurso dos candidatos e marcou a diferença entre as propostas. Da direita ficou claro o perfil de investir no setor produtivo para alavancar a geração de emprego e renda na cidade e por consequência ampliar investimento em outras áreas. No outro extremo uma atenção mais social nas propostas com foco na geração de empregos, mas também atuar ressocialização.

A discussão avançou sobre tópicos de saúde, ideologias, educação, segurança pública e apadrinhamento político. A candidata Erizania sofreu fortes críticas por mencionar a criação de novas secretarias e também por já ter sido secretária municipal de educação de 2021 a 2023. Ela avalia que os outros candidatos parecem desconhecer a Lei de Responsabilidade Fiscal e os limites estabelecidos pela legislação. Erizania destacou que a criação de novas secretarias, como as de Cultura e Esportes. 

“Quando eu falo que vou criar, por exemplo, a secretaria de cultura e a secretaria de esportes, eu falo com muita seriedade, porque hoje eu tenho uma secretaria de integração e nessa secretaria de integração já tenho a diretoria de esportes, já tenho a diretoria de cultura, então eu já tenho o pessoal, eu não vou expandir, eu vou dar autonomia e criar o órgão gestor da cultura e o órgão gestor do esporte”

O candidato Antônio Gomide (PT) destacou a importância de adotar uma abordagem de diálogo aberta e inclusiva em sua proposta de gestão. Em suas falas, Gomide enfatizou que o caminho mais eficaz para a administração pública é evitar polarizações e focar na construção de consensos que atendam às necessidades da população. Ainda segundo o candidato, é essencial melhorar a qualidade dos quadros administrativos da cidade, sem levar em consideração filiações partidárias ou religiosas. 

“A campanha política faz dialogando com as pessoas, sem ficar fazendo provocação, sem precisar falar mentiras. A gente busca sempre a verdade dos fatos e busca, obviamente, no debate, ter essa tranquilidade e equilíbrio para podermos convencer e podermos dialogar com o eleitor” 

O candidato Márcio Corrêa (PL) enfatizou a importância de parcerias entre a iniciativa privada e os governos estaduais e federais para enfrentar os desafios da cidade. Na sua apresentação, Corrêa anunciou um ambicioso programa de habitação, que visa a construção de 20 mil moradias. 

“Vou me dedicar a buscar recursos em Brasília com total transparência e comprometimento, utilizando minhas boas relações no Congresso para construir caminhos e oportunidades para Anápolis”. O candidato disse que em sua gestão não se limitará a uma atuação passiva dentro de um gabinete, mas será marcada por uma gestão descentralizada. 

O candidato Hélio da Apae (PSDB) fez duras críticas ao trabalho da Saneago em Anápolis, destacando que a cidade enfrenta sérios problemas com o abastecimento de água. Em suas declarações, Hélio destacou que a falta de água é uma questão constante. 

Antônio Gomide (PT) iniciou uma discussão com uma postura marcada pela ausência de ataques pessoais, focando na inclusão e na construção de uma sociedade mais justa. Gomide destacou a importância da ressocialização de ex-presos como parte de uma abordagem abrangente para reduzir a criminalidade e promover a integração social. 

Erizania apresentou propostas distintas para a melhoria da educação básica e o combate à violência contra a mulher. Ela detalha planos para a implementação de políticas públicas que visam fortalecer o sistema educacional e garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade. Além disso, Erizania destacou a necessidade de políticas mais eficazes para enfrentar a violência de gênero, propondo iniciativas para oferecer suporte e proteção às vítimas, além de campanhas educativas para a prevenção.

O debate tomou um rumo diferente com a participação de Márcio Corrêa, que desenvolveu uma postura ideológica clara. Corrêa se posicionou contra o Partido dos Trabalhadores, destacando seu antipetismo e alinhando-se com uma visão crítica em relação ao governo anterior. Ele também fez questão de ressaltar seu apadrinhamento pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, buscando consolidar sua imagem como um candidato ligado à direita e ao conservadorismo.

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