O sorriso simpático em eventos públicos municipais deu lugar a uma expressão séria em encontros para justificar polêmicas envolvendo desvios de verba pública. As aparições rotineiras cessaram, ficando um questionamento para responder a um sumiço repentino: por onde anda Rogério Cruz?

Sumido até mesmo nas funções de prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade) parece ver de longe a crise vivida pela Prefeitura de Goiânia. Além do colapso na saúde – área mais afetada – veículos de quatro secretarias ficaram sem combustível, afetando os serviços prestados.

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Entre elas estão: Secretaria Municipal de Administração (Semad), que repassa carros e caminhões para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Educação (SME), e Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

A crise é só um reflexo dos quase quatro anos da polêmica gestão de Cruz, que já foi alvo de operações do Ministério Público de Goiás (MPGO) e da Polícia Civil (PC-GO) devido a irregularidades contratuais e desvios de verba em três pastas distintas. Vale ressaltar que apenas o órgão estadual move 11 investigações contra o Paço Municipal.

Mesmo não tendo elementos que indiquem a participação de Cruz nos crimes, conforme o MP, o prefeito se isentou do posto – dando lugar ao chefe do executivo eleito, Sandro Mabel (UB). Antes mesmo de assumir a agora conturbada prefeitura, o empresário já começou a “mexer os pauzinhos”.

Já garantiu verbas milionárias para a saúde após ação do senador Jorge Kajuru (PSB) junto ao governo federal, que devem ser enviadas após o fim do mandato do atual prefeito. Mabel prometeu ainda mudar o rumo da capital em poucos dias de gestão.

O desafio, no entanto, será muito maior do que o esperado. Afinal, o estrago provocado pela gestão Cruz foi grande.