Construção foi orçada em cerca de R$ 15,5 milhões e, antes da paralisação, o novo valor para conclusão já superava mais de R$ 17 milhões

Paralisada desde o final de 2020, a construção da nova sede da Câmara de Aparecida de Goiânia já consumiu mais de R$ 12 milhões. Inicialmente, a obra foi orçada em R$ 15.573.316,00. Em outubro de 2020 houve um acréscimo de R$ 1.822.696,66, elevando os custos para R$ 17.396.012,70. O presidente da Casa, André Fortaleza (MDB), destacou que irá fazer um distrato com a empresa vencedora da licitação, a CVT Construtora, Incorporadora e Serviço Gerais LTDA – EP.

Ao Jornal Opção, o vereador justificou que o contrato será rompido devido a empresa não estar tendo mais interesse pela obra e que as constantes paralisações ocorreram devido a pandemia da Covid-19. “Faremos uma nova licitação, acredito que dentro de cinco meses será retomado a construção”, disse. Acerca de alteração no projeto, que poderia acarretar mais despesas, ele esclareceu que apenas haverá algumas adequações, dentre as quais, assentamento de porcelanatos nos gabinetes dos vereadores, mas sem onerar mais custos. “Meu objetivo, na verdade, será reduzir gastos”, emendou. Segundo Fortaleza, para a conclusão da obra faltam acabamentos e instalações de redes de eletricidade e de comunicação.

A Pedra Fundamental do novo prédio do legislativo municipal, na Rua Gervásio Pinheiro, Quadra Apm-2, Setor Residencial Village Garavelo foi feita em 17 de dezembro de 2018, contando com a presença de várias personalidades da política local. A presidência da Casa, na época, era ocupada pelo atual prefeito Vilmar Mariano (Patriota). A intenção de se construir uma nova sede para a Câmara passou pelo mandato de diversos presidentes, desde o vereador João Antônio, falecido em 2017, até ao ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), que em 2014, lançou um projeto para construção de uma nova Casa de leis.

Parte dos recursos para a construção foram alocados do Fundo Especial de Reaparelhamento da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia (FERCAG) e, foi tentado na ocasião um empréstimo de R$ 10 milhões, via Prefeitura de Aparecida de Goiânia junto a Caixa Econômica Federal (CEF), o que não se concretizou. O atual presidente da Casa não soube responder o por que das negociações entre a prefeitura e a instituição não avançaram e nem de onde foram realocados os recursos para compensar a falta do empréstimo.

Procurada, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia não se manifestou de onde foi alocado o dinheiro, no caso, os R$ 10 milhões necessários para a construção da nova Câmara Municipal.