No entanto, mesmo dando sinais de que pode concorrer, peemedebista discorda que “o Agenor Mariano” seja um nome forte para as eleições em 2016

Para Agenor Mariano, escolha vem mediante atribuição política e administrativa | Foto: Jornal Opção/Arquivo
Com a saída de férias do prefeito Paulo Garcia (PT) desde segunda-feira (12/1), o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), assume o Paço Municipal. E em meio a intensas movimentações: a aprovação do pagamento da data-base estendida a todos os servidores do município e as negociações da reforma administrativa.
Ao Jornal Opção Online, o peemedebista falou sobre o clima da administração municipal, a aliança PT-PMDB nas eleições 2016 e o relacionamento com a nova mesa diretora da Câmara de Vereadores.
Apesar de alertar que há especulações em excesso sobre a reforma na estrutura da prefeitura, Agenor Mariano relata que o projeto está sendo formatado em conjunto.
Inclusive com a apresentação dele à executiva de seu partido e do PT, além dos vereadores, entidades sindicais e do comércio. A economia aos cofres seria de R$ 6 milhões por mês, sendo que dez secretarias podem ser extintas ou fundidas, de uma total 29.
O prefeito em exercício afirma que, até agora, não foi confirmado ao PMDB futuros cortes em cargos de indicação. “Mas que isso pode acontecer em outras apresentações”, alertou.
A cautela de Paulo Garcia em mostrar previamente a proposta é evidente. E uma vez que o petista não fez a presidência da Casa, terá que analisar prós e contras (políticos e técnicos) antes de vetar ou não o reajuste de 6,28% de reposição salarial.
“Ele vai agir de forma ordenada e com racionalidade. Ver o que realmente foi acordado, aprovado e emendado a partir do [trabalho do] grupo técnico.”
Para Agenor Mariano, o prefeito pode sair com saldo político positivo a partir do relacionamento com os vereadores. Isso porque, na visão dele, o Poder Legislativo quer o melhor para Goiânia. E ao quererem isso, abrem mão de meras “posições políticas”.
Eleições 2016
O peemedebista, forte aliado do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), discorda que “o Agenor Mariano” seja um candidato natural à prefeitura de Goiânia. “Mas o vice-prefeito, sim. Falo de cargo”, analisou. Questionado, então, sobre quem é o vice-prefeito de Goiânia, ele respondeu rapidamente: “Eu”.
Antes disso, ressalta, PT e PMDB terão um ano e seis meses para discutir várias vezes a relação. “É natural alguém entre nós querer fazer uma ‘DR’ [discussão de relacionamento], e só faz isso quem se relaciona. E temos espaço para fazer mais”, adiantou.
Para ele, sua sigla tem esse tempo para amadurecer um nome para concorrer ao Paço Municipal. E a avaliação final de Agenor Mariano é a seguinte: o nome de um candidato torna-se natural mediante as atribuições políticas e administrativas em que se encontra hoje. “Não participo de discussões de grandes projetos e mantenho a discrição que o cargo requer. É uma função simbólica.”