Os economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira tomam posse na terça-feira, 2 de janeiro, como diretores do Banco Central. Após aprovação do senado no dia 12 de dezembro, os nomes passam a integrar a autarquia. Picchetti e Teixeira ficarão na diretoria do BC até 31 de dezembro de 2027, e podem ser reconduzidos por até mais 4 anos. A dupla foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A expectativa inicial de que Rodrigo Teixeira substituísse Maurício Moura na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta não se realizou, ao invés disso o economista irá para a Administração. A atual diretora da área, Carolina Barros, seguirá para o setor de Relacionamento. 

O BC afirma que a mudança foi “promovida em total consonância e com a concordância unânime de toda a diretoria colegiada”. Diz ainda que “atende ao disposto no Regimento Interno do BC”. Paulo Picchetti, por sua vez, substitui Fernanda Guardado na diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos. Os mandatos de Moura e Guardado na autarquia se encerram em 31 de dezembro de 2023.

Entenda a mudança

Em 2021, por meio da Lei Complementar nº 179, o Banco Central adquiriu autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira. Essa autonomia é vista como um passo importante para garantir que o Banco Central tenha uma gestão técnica e não esteja sujeito a interferências políticas. A principal mudança trazida por essa lei é o mandato fixo de quatro anos para o presidente e os diretores do BC, que não deve coincidir com o mandato do presidente.

O Banco Central tem nove diretores, e um deles é o presidente da instituição. Após indicação do presidente da República, os aspirantes aos cargos precisam passar por sabatina e votação no Senado, exceto aqueles que já ocupavam os cargos.

O texto aprovado pelo Congresso não altera a composição da diretoria colegiada do Banco Central, mas estabelece mandato de quatro anos para o presidente do BC e os demais diretores.

Em resumo, o Banco Central do Brasil desempenha um papel crucial na economia brasileira, garantindo a estabilidade financeira e a fluidez das instituições bancárias. A recente autonomia concedida ao Banco Central é vista por muitos como um passo positivo para a gestão técnica, embora ainda seja um tema de debate no país.

Diretores do Banco Central

Maurício Moura e Fernanda Guardado são os diretores que têm o mandato previsto para acabar no dia 31 de dezembro de 2023. Com a virada do ano e a saída desses nomes, o quadro de diretores do Banco Central fica assim:

  • Roberto Campos Neto (Presidente do Banco Central)

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2024

  • Otavio Ribeiro Damaso

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2024

  • Carolina de Assis Barros

Indicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2024

  • Renato Dias de Brito Gomes

Indicado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2025

  • Diogo Abry Guillen

Indicado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2025

  • Ailton Aquino

Indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva

Mandato em vigor até: 28 de fevereiro de 2027

  • Gabriel Galípolo

Indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva

Mandato em vigor até: 28 de fevereiro de 2027

  • Paulo Picchetti

Indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2027

  • Rodrigo Teixeira

Indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva

Mandato em vigor até: 31 de dezembro de 2027

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