A rede varejista Novo Mundo, considerada uma das maiores do Centro-Oeste, anunciou pedido de recuperação judicial, depois de fechar 60 lojas desde de 2023. A empresa informou por meio de comunicado oficial, que a ação é um reflexo das consequências provocadas pela pandemia de Covid-19, aliada às dificuldades do mercado varejista e a alta da inflação, das taxas de juros e da restrição de crédito para empresas e pessoas físicas. 

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O pedido, segundo a rede que conta com 90 lojas, foi protocolado na última quinta-feira, 25, na 3ª Vara Cível da Justiça de Goiás e aguarda análise do juiz Luciano Borges da Silva. O valor da dívida não foi divulgado. 

A empresa afirmou que, com a recuperação, conseguirá manter os atuais 1,3 mil colaboradores e prestadores de serviço. A varejista disse ainda que poderá renegociar as dívidas, ajustar os estoques e voltar a ser adimplente. 

“A varejista tem convicção que, ao optar por essa estratégia legal, superará os obstáculos para se manter competitiva. Negociando suas dívidas, garantindo a continuidade de suas atividades, preservando empregos e salvaguardando os direitos de todos os envolvidos. Tudo isso com o trabalho conjunto de todos os colaboradores que vestem a camisa diariamente nas mais de 90 lojas”, destacou o comunicado.

Faturamento bilionário 

Em 2022, a rede registrou um faturamento de R$ 1,3 bilhão em vendas. No ano seguinte, em 2023, o valor caiu para R$ 1,1 bilhão, de acordo com a varejista. Pertencente ao Grupo Martins Ribeiro, a Novo Mundo está presente em Goiás, Tocantins, Bahia, Pará, Distrito Federal e Maranhão.