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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou a Medida Provisória (MP) que cria a benefício que deverá ser pago em quatro parcelas

Previsto para começar a ser pago a partir de abril, o novo auxílio emergencial deverá atender trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família. Nesta quinta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou a Medida Provisória (MP) que cria a benefício que deverá ser pago em quatro parcelas, com valores de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, dependendo da família.

De acordo com o economista, Aurélio Troncoso, a economia deve reagir pouco devido ao número de famílias beneficiadas comparado ao ano anterior. Cerca de 45,6 milhões de pessoas deverão receber o auxílio, 22,6 milhões a menos dos que receberam os R$ 600, pago em meados do ano passado (68,2 milhões de pessoas).

“O desembolso que o governo irá fazer, relativamente, não irá onerar tanto como no ano passado. A união deve suportar o impacto sem estourar o teto do orçamento. A economia deve aquecer pouco. Na área de alimentos poderá ser um pouco mais, proporcionando o escoamento nas indústrias”, pontou o economista.

Aurélio Tranconso, lembra que a falta de insumos para a produção de diversos produtos, devido a pandemia do novo Coronavírus, tem gerado aumento dos preços. Por isso, o “valor pago pelo governo será suficiente para uma cesta básica, simplesmente, apenas para a alimentação do beneficiado”, relatou.

Apesar de o Congresso ter autorizado a liberação de R$ 44 bilhões para o auxílio, com a aprovação da PEC Emergencial, o governo afirma que o programa custará R$ 43 bilhões, incluindo os custos operacionais.

O deputado federal José Nelto (Podemos), destaca que o número de parcelas a serem pagas pelo governo dependerá do ritmo da pandemia no país. Segundo ele, o Congresso Nacional poderá revisar e estender o benefício.

O economista contrapõe e afirma que a situação financeira do país não irá permitir. “Com certeza não. O governo irá encerrar o benefício em julho. Depois disso, o orçamento do país não irá permitir o pagamento de auxílio e podemos demorar cerca de uma década para recuperar totalmente a crise causada na pandemia”, frisou.