Novas provas e prisões podem embasar pedido de impeachment de Dilma
27 abril 2015 às 13h02
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Deputados federais do PSDB se movimentam para formalizar pedido nesta semana. Parlamentar goiano, Delegado Waldir relata que haverá mais etapas da operação
Deve ficar pronto nos próximos dias o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que será entregue ao presidente do PSDB nacional, o senador Aécio Neves. Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta segunda-feira (27/4), o deputado federal Delegado Waldir afirmou que a demora se justifica pelo fato de os parlamentares de oposição e juristas terem apresentado mais de um parecer jurídico que embasa o processo de impedimento.
Integrante da CPI da Petrobras, Delegado Waldir diz que ainda há novas provas da Operação Lava Jato — ainda sigilosas — que serão utilizadas na peça, resultando em maior consistência jurídicas nas provas contra a petista. Em contato direto com investigadores federais que participam das apurações sobre a estatal, o tucano afirmou que “muitas pessoas” ainda serão presas e que novas etapas da operação estão por vir.
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“É um projeto de poder construído a partir da corrupção. Fica provado o desvio de dinheiro da Petrobras para financiar o PT”, apontou. Os deputados federais tucanos têm se comunicado por um grupo criado no aplicativo de mensagens WhatsApp para agilizar os processos.
Questionado se há a possibilidade de a confecção do pedido ser concluído ainda nesta semana, o parlamentar relatou acreditar que o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, “tem espaço e equipe” para fechar o pedido até terça-feira (28). “Não vamos abrir o processo só porque as pessoas estão na rua pedindo. Temos que ter consistência, não vamos brincar”, avaliou.
Divisão
A decisão da bancada do PSDB em pedir o impeachment de Dilma Rousseff escancara a divisão da legenda quanto ao tema. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sinalizaram ser contra o pedido de impedimento da presidente.
No entanto, Carlos Sampaio defende que a decisão diz repeito à bancada do partido na Câmara dos Deputados. Segundo ele, 95% dos parlamentares tucanos são a favor do pedido.