Novas linguagens de IA podem facilitar consultas médicas e diagnósticos

14 junho 2024 às 18h16

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A Inteligência Artificial (IA) vem criando espaço em vários setores da sociedade. Entre estes setores está a medicina. O avanço da tecnologia já é utilizado por médicos e clínicas para diagnosticar e auxiliar no tratamento de pacientes.
Ao Jornal Opção, a especialista Cristiane Pimentel, membro do Instituto de Engenheiros, Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, informou que a IA deve exercer um papel fundamental na transformação da medicina e da prestação de cuidados de saúde. Para Cristiane, esse avanço deve trazer benefícios significativos tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.
Segundo a especialista, a maior vantagem é a capacidade de análise de grandes volumes de dados, o que auxilia na identificação de padrões e podem escapar da percepção humana. “A ideia é antecipar alguns diagnósticos com mais frequência”, diz.
O diagnóstico precoce de câncer é um dos avanços trazidos pela Inteligência Artificial. Cristiane explica que esse diagnóstico é feito por meio de análises e comparações. “Se baseando no volume de informações em análise você consegue, através da linguagem crítica desenvolvida, comparar com exames que tenham uma doença mais avançada. A comparação ajuda em exame de imagens, onde muitas vezes existem cores pequenas que são quase imperceptíveis à visão humana, então a IA consegue identificar”.
Para Cristiane, que se define como uma entusiasta da tecnologia, o principal benefício é a rapidez do diagnóstico, fazendo com que exames de duas horas possam ser feitos em uma. A exemplo, a pesquisadora utilizou o caso em que sua mãe, como usuária, recebeu o diagnóstico em uma clínica que fazia uso da inteligência artificial em apenas uma hora, enquanto em outros locais o mesmo resultado seria entregue em uma semana.
“Minha mãe teve um AVC, então tive que acompanhar ela em uma bateria de exames. Fomos em uma clínica que utiliza o método e em 1 hora ela já saiu de lá com o resultado. Em outra, que não utilizava inteligência artificial, o diagnóstico demorou sete dias e ela ainda precisou passar por reavaliação”, explicou.
Por fim, Cristiane comenta que o método é seguro tendo em vista que a checagem final do diagnóstico deve ser feita por um médico especialista ou radiologista. “Mesmo sendo uma tecnologia bem feita, é necessário o olhar humano. Então todos os diagnósticos terão que ser checados por profissionais como radiologista ou médico especialista, já que pode ocorrer dela não ser tão precisa. Esse profissional irá checar e dar a avaliação final”, finaliza.
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