O crime foi cometido em 28 de março de 2013 enquanto o homem se hospedava na casa da vítima

O norueguês Carsten Jamissen foi condenado a 20 anos e meio de prisão por estuprar, torturar e tentar matar uma mulher na cidade de Goiás. O crime foi cometido em 28 de março de 2013 enquanto o homem se hospedava na casa da vítima.

A condenação foi realizada pelo Tribunal do Júri da comarca, sob a presidência do juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima. Como agravante, o acusado utilizou recurso que tornou difícil a defesa da vítima.

Segundo os autos, o norueguês era amigo da mulher que ele atacou. Os dois teriam saído à noite para assistir à Procissão do Fogaréu, mas se desencontraram na rua.

Quando chegou em casa, por volta das 3h, a mulher encontrou Carsten no local, já bastante agitado. Segundo ela, o agressor teria dito então que “tiraria o demônio” de seu corpo, iniciado assim a sessão de tortura.

O caso só não acabou em assassinato porque policiais militares foram acionados por vizinhos que ouviram os pedidos de socorro da vítima. Eles chegaram à casa da mulher por volta das 11 horas e encontraram o homem nu, aparentemente entorpecido, desferindo vários socos contra a cabeça da vítima, dizendo “matar”, entre outras palavras incompreensíveis pelos agentes.

Ao ser levada para o Hospital de Urgências de Goiânia foi constatado que a vitima sofreu politraumatismo corporal e teve um dos ouvidos e um dos olhos perfurados. Ela também tinha marcas de mordidas no corpo todo e lesões na perna e no ânus, causado por uma perfuração de antena de TV. Um ferro de passar roupa também foi usado para desferir pancadas na mulher.

Ao sentenciar Jamissen, o magistrado considerou que a vítima passou por grande sofrimento físico e psicológico, precisando, inclusive, se ausentar de sua empresa, para tratamento médico. “As circunstâncias desfavorecem o acusado, pois torturou a vítima por várias horas. As consequências do crime foram de grande monta, haja vista que a vítima ficou bastante machucada e teve que deixar a cidade e o comércio que toca e, até hoje, faz terapia.”