Secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) informou que apoio cultural do governo será rediscutido, parabenizou produção do evento e lamentou a não participação do Estado como parceiro do festival

Secretária Raquel Teixeira parabeniza trabalho continuado de 18 anos de Bananada e sua importância para a cultura goiana | Foto: Bruna Aidar/ Jornal Opção
Secretária Raquel Teixeira parabeniza trabalho continuado de 18 anos de Bananada e sua importância para a cultura goiana | Foto: Bruna Aidar/ Jornal Opção

A secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) Raquel Teixeira acompanhou o lançamento, em café da manhã, da programação do 18º Festival Bananada nesta terça-feira (29/3) no Hostel 9 Street, no Setor Oeste.

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A titular da pasta reconheceu, ao usar a palavra para falar com os convidados, que talvez a ausência “mais óbvia e mais gritante” entre os parceiros do evento seja a não participação da Seduce no Bananada através do Fundo de Arte e Cultura do governo do Estado. “Por alguma razão, quem avaliou não considerou o Bananada digno ou à altura do patrocínio.”

Segundo Raquel, a cultura de fomento em Goiás é recente e ainda está “engatinhando”. Durante o evento, a secretária aproveitou para convidar os presentes a participar, em abril, de um seminário que a Seduce realizará para discutir, de forma aberta, e revisar os mecanismos de fomento existentes hoje no Estado.

“Vamos trazer o Ministério da Cultura, o Itaú Social, o João Leiva (JLeiva Consultoria em Eventos Culturais e Esportivos) para rever os nossos mecanismos de fomento, tanto a Lei Goyazes (Programa Estadual de Incentivo à Cultura) quanto o Fundo de Cultura, que são movimentos importantes na cultura e que têm se consolidar, atualizar.”

Raquel disse que, por mais respeito que tenha pelo Conselho de Cultura e ao funcionamento do Fundo de Arte e Cultura, há algumas coisas que precisam ser mudadas. “Não tem como, como política cultural do Estado, a gente não reconhecer o papel de quem está aqui há 10, 15, 20 anos. Há algumas pessoas, seja na área de cinema e outras áreas, que têm carregado a cultura, apesar de e à revelia das políticas oficiais”, reconheceu a secretária.

Na figura de secretária estadual responsável pela pasta de Cultura no Estado e como pessoa, Raquel agradeceu ao produtor cultural Fabrício Nobre, da A Construtora Música e Cultura, e outras pessoas do meio cultural, além de lamentar a ausência da Seduce com patrocinadora e parceira do Festival Bananada.

“E espero que a gente vá revertendo a partir de agora e dos próximos seminários. A gente ainda tem mais dois anos pela frente para ir aperfeiçoando os mecanismos”, afirmou Raquel. Sobre o processo de incentivo estadual ao Festival Bananada, o pedido negado pelo Conselho de Cultura está em fase de análise de recurso.

Sobre a amizade e discussão, às vezes até acalorada e constante com o responsável pelo Bananada, a secretária agradeceu por aprender e também discordar de ideias apresentadas por Fabrício. “Eu só posso desejar honestamente que a gente possa ser parceiro na continuidade desse trabalho.”

Meninada no Bananada

Ao falar sobre a criação de um espaço infantil para crianças de 2 a 10 anos no Bananada, Raquel Teixeira lembrou da Procissão do Fogaréu, na última quarta-feira (23/3), na Cidade de Goiás, com a realização do Fogareuzinho, durante o feriado de Páscoa, que inclui os pequenos na participação e preservação de parte importante da cultura goiana.

“Eu fico muito feliz aqui quando vejo você estimulando a presença das crianças, criando hábitos. Em um mundo que é de imagens, que é de visualizar coisas, de sentir muito mais do que falar, eu só posso elogiar você e todos que participam e desejar sucesso. […] Vida longa ao Bananada!”