Em nota, filho se manifestou e pediu que as pessoas não deixassem que a memória da mãe fosse manchada

Foto: Reprodução

A ativista Sabrina Bittencourt se suicidou na noite de sábado, 2, em Barcelona, na Espanha. Nota do grupo Vítimas Unidas, do qual participava, confirmou a informação. Ela foi uma das mulheres que ajudou a desmascarar João de Deus, preso após denúncias de abuso sexual.

Sabrina deixou uma carta com os motivos que a levaram a cometer o ato. Em publicação, grupo pede para preservar a família e afirma não ter informações sobre velório e enterro. “A luta de Sabrina jamais será esquecida e continuaremos, com a mesma garra, defendendo as minorias, principalmente as mulheres que são vítimas diárias do machismo”, escreveram.

Nas redes sociais, o filho Gabriel Baum publicou: “Não deixem que ninguém manche a memória dela, tenho que cuidar dos meus irmãos agora, eles não sabem ainda e não sei como vamos dar a notícia para eles. Obrigado”.

A brasileira, que vivia na Europa, era uma das vozes que militavam pelas mulheres vítimas do machismo. Ela chegou a denunciar o médium João de Deus por supostamente ter liderado uma “máfia da morte”, em benefício de funerárias de Abadiânia e, ainda, estar envolvido em tráfico de crianças e escravização sexual de adolescentes.

Ela também foi responsável por encorajar as primeiras mulheres a relatarem os casos de abuso sexual sofridos em “consultas” com o goiano. Depois, ela continuava o trabalho, mas mirando noutros possíveis crimes do religioso, que está preso e nega todas as acusações.