Denúncia aponta que pessoas ligadas a um candidato a deputado estadual e um federal ofereciam R$150 por voto

O Ministério Público Eleitoral deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4/10), uma operação para apurar denúncia de compra de votos na cidade de Acreúna e no distrito de Arantina, na região Sudoeste de Goiás. A ação é comandada pelo promotor eleitoral Sandro Halfeld Barros, que também é titular da 1ª Promotoria de Justiça de Acreúna.

A operação foi deflagrada depois que o Ministério Público recebeu denúncias por parte de uma vereadora de Acreúna, apontando que pessoas ligadas à campanhas de um candidato a deputado estadual e um candidato a deputado federal estariam realizando compra de votos junto a eleitores dos municípios. Os nomes dos acusados não foram divulgados.

De acordo com a denúncia, um vereador da cidade de Acreúna, ao lado de alguns cabos eleitorais, estariam realizando compra de votos indo de casa em casa e oferecendo R$150 por voto, com a promessa de adição de mais R$ 50,00 após as eleições deste domingo.

No momento, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Eleitoral na casa dos suspeitos. Três equipes atuam na operação que conta com o auxílio do delegado Daniel Gustavo Gonçalves de Moura e de agentes da Polícia Civil de Goiás.

Em duas residências, o promotor encontrou materiais que corroboraram com a suspeita de compra de votos. Na casa de um dos suspeitos, em Acreúna, uma das equipes encontrou uma agenda com diversas anotações suspeitas que indicam claramente contabilidade de compra de votos.

Em outra residência, de aparência mais humilde, as equipes do MPE e Polícia Civil encontraram praticamente um comitê eleitoral montado, com diversos materiais de campanha dos dois candidatos, tais como santinhos e cartazes. No local também foi encontrado um bolo de dinheiro no valor de R$ 4 mil em espécie, todos em notas de R$ 50.

Ainda durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram munições na casa de um dos suspeitos. Com isso, foi realizado um auto de prisão em flagrante, pois o mesmo não tinha autorização para ter o material em sua casa.