Nesta quinta-feira, 28, completam-se dez anos da morte de Roberto Gómez Bolaños, o criador e protagonista de ícones da televisão como Chaves e Chapolin Colorado. Aos 85 anos, o ator, roteirista e diretor mexicano faleceu em 2014, após uma parada cardíaca, em meio a um quadro de saúde delicado que o mantinha recluso em sua casa em Cancún. A data, marcada por homenagens ao redor do mundo, trouxe à tona uma surpresa que emocionou os fãs brasileiros: a última mensagem pública do artista foi direcionada ao Brasil.

Dois dias antes de sua morte, Bolaños, conhecido carinhosamente como Chespirito, respondeu a uma fã brasileira na rede social, Twitter, atual X. Na publicação, ele declarou: “Todo mi amor para Brasil”, um gesto simples, mas carregado de afeto, que reforçou sua ligação especial com o país. A fã, emocionada na época, celebrou a interação com o ídolo: “O Chaves me respondeu! Que emoção!”. 

A trajetória de um gênio do humor

Roberto Gómez Bolaños foi muito mais do que o criador de personagens inesquecíveis. Nascido na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929, ele construiu uma carreira como escritor, ator e diretor. Antes de alcançar o estrelato, Bolaños já se destacava como roteirista para programas de rádio e televisão, mas sua verdadeira consagração veio na década de 1970, quando lançou os seriados Chapolin Colorado e Chaves.

Chapolin Colorado, estreado em 1970, parodiava os super-heróis americanos e cativou o público com frases icônicas como “Não contavam com a minha astúcia!”. O personagem, apesar de atrapalhado e sem superpoderes, se tornava um herói por sua coragem e empatia, características que refletiam o estilo único de humor de Bolaños.

Pouco depois, em 1973, surgiu Chaves, um menino órfão que vivia em uma vila humilde e retratava com leveza e criatividade questões humanas e sociais. Com seu humor universal, o seriado transcendeu barreiras culturais, conquistando gerações em toda a América Latina e, especialmente, no Brasil, onde se tornou um fenômeno televisivo.

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