Morte de Juscelino Kubitschek ainda gera debate 50 anos depois; entenda como governo quer reabrir investigação

14 fevereiro 2025 às 15h46

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A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos deve analisar a possibilidade de reconhecimento de novos casos de pessoas mortas e desaparecidas durante a ditadura militar. Caso a resposta seja positiva, a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek deverá ser incluída.
Kubitschek morreu em 1976 em acidente na Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. O carro em que o ex-presidente estava colidiu com um caminhão após ser tocado por um ônibus próximo a Resende, no Rio de Janeiro.
O ex-presidente idealizou a mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília. Em 1964, início da ditadura militar, Kubitschek teve seus direitos políticos cassados. Dias antes de ser cassado, ele acusou a ditadura de agir com violência e atentar contra as instituições livres.
A morte de Kubitschek ainda gera discussões. A Comissão Nacional da Verdade, instalada em 2021, analisou o caso, assim como a Comissão da Verdade em Minas Gerais, autorizada em 2013 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A Comissão da Verdade informou ter decidido apurar as suspeitas de que a morte de JK teria sido um “assassinato político”. No documento, três procedimentos investigatórios foram relembrados: “concluíram pela inexistência de prova de crime doloso contra a vida do ex-presidente, e que a morte foi causada por acidente automobilístico”.
“Não há nos documentos, laudos, depoimentos e fotografias analisados até o momento, qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o motorista Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados, vítimas de homicídio doloso.”
Teorias sugeriram que o acidente poderia ter sido um atentado político, especialmente considerando o contexto da ditadura militar no Brasil.
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