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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pela segunda vez o pedido do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar em Brasília. Moraes destacou que Gayer é investigado em um caso conexo aos de Bolsonaro e, portanto, não pode se comunicar com ele.

Na decisão, o ministro autorizou visitas de outros parlamentares do PL, Altineu Côrtes (RJ) e Alberto Fraga (DF), do ex-piloto Nelson Piquet e do jornalista Alexandre Pittoli, que poderão ir à residência de Bolsonaro entre 3 e 6 de novembro, em dias sucessivos. Todas as visitas devem ocorrer das 9h às 18h, com revista obrigatória dos veículos, e respeitar as restrições da prisão domiciliar, como a proibição de uso de celulares e redes sociais.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar cautelar sob suspeita de tentar coagir o Judiciário durante o processo que resultou em sua condenação a 27 anos e 3 meses de prisão. Embora condenado por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, ele ainda não começou a cumprir a pena devido a recursos pendentes, com julgamento previsto entre 7 e 14 de novembro pela Primeira Turma do STF.

No inquérito que motivou a prisão domiciliar, a defesa de Bolsonaro solicitou a revogação da medida após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o jornalista Paulo Figueiredo Júnior e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sem incluir o ex-presidente. Moraes manteve a cautelar, citando “fundado receio de fuga”, entre outros motivos.

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