Na avaliação do médico, caso sistema seja adotado em Goiás pode ser benéfico e completaria o esquema para gestantes, já que a vacinação de grávidas com AstraZeneca foi suspensa pela Anvisa

No Rio de Janeiro, as grávidas imunizadas contra a Covid-19 com a primeira dose da AstraZeneca/Oxford poderão receber a segunda dose com a vacina da Pfizer. Alguns países como Alemanha, Canadá, Dinamarca, França, Finlândia, Portugal, Suécia, Inglaterra e Itália, recomendam ou autorizam o uso da Pfizer como segunda dose para quem se imunizou, na primeira dose, com a AstraZeneca.

A vacinação de grávidas com AstraZeneca foi suspensa por orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido a possíveis efeitos adversos do imunizante.

O médico infectologista, Marcelo Daher disse ao Jornal Opção que essa ‘mistura’ é eficaz e segura. “A vacina é segura. Tem um trabalho publicado pela Universidade de Oxford mostrando que ela é eficaz. A troca é segura e também é eficaz. Tem mais efeitos adversos, então, as pessoas tem um pouco mais de reação, porém, é eficaz. Se vier acontecer em Goiás não teria problema, isso seria benéfico porque completaria o esquema para gestantes e a gente tem visto cada vez mais que aumenta a proteção. Essa segunda dose dá mais proteção quando fazemos com outra plataforma”, afirma.

Segundo ele muda a plataforma de vacina e muda a chance daquela reação grave que aconteceu. “Isso diminui a chance de acontecer. A gente sabe, que nenhum estudo havia sido feito de maneira muito importante sobre essa intercambiabilidade, então, a possibilidade de usar uma vacina de um laboratório, e outra de outro, vem ganhando força porque nos Estados Unidos e a Inglaterra principalmente, e, na Europa houve uma suspensão da vacina Astrazeneca para pessoas com menos de 30 anos  e em alguns países para menos de 50 anos pela vacina da Pfizer e a partir daí começa a ter dados de segurança”, explica o médico.