Ministério da Saúde suspende repasse de recursos ao Samu por conta da má gestão em Goiânia
09 maio 2018 às 17h58

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De acordo com a pasta, Secretaria Municipal não atendeu requisitos e ficará sem os R$ 250 mil por mês que recebia do Governo Federal

Uma portaria do Ministério da Saúde suspendeu o repasse de recursos para qualificação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (9/5)
A medida foi tomada por conta da má gestão municipal e o serviço está suspenso até que o serviço seja regularizado para atender adequadamente aos pacientes.
Os recursos fazem parte da Política Nacional de Saúde, que é desenvolvida pelo ministério, e contempla todos os estados e municípios brasileiros. Por meio dela, são definidas estratégias e metas que devem ser cumpridas pelos governos estaduais e municipais para que recebam a verba de atendimento à população.
A vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereadora Priscilla Tejota (PSD), afirmou que a decisão do ministério mostra mais uma vez a incapacidade da gestão municipal em gerenciar a Saúde, punindo os goianienses com um péssimo serviço. “É mais uma mostra da incompetência da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué”, disse.
A vereadora Sabrina Garcêz também criticou a atual gestão. “A secretária não tem condições de continuar e o prefeito está inerte. Acredito que a posição do Governo do Estado de retomar a regulação das vagas estaduais é um passo importante, mas muito mais precisa ser feito”, disse ao Jornal Opção.
Segundo ela, a situação agora deve ficar ainda pior. “Por falta de gestão, recursos federais deixarão de ser enviados para nossa cidade. A população não aguenta e não pode passar por mais privações na área da saúde”, reclamou.
Procurada, a SMS disse que desde 2016 não recebe a verba publicada no Diário Oficial. “A atual administração trabalha para corrigir as pendências e se adequar aos critérios do Ministério da Saúde para receber o recurso novamente”, diz a nota.
Corte
Os recursos que foram suspensos são monitorados por técnicos do Ministério da Saúde que avaliam se os serviços prestados pelas cidades estão sendo bem desenvolvidos. Se a política está sendo bem empregada, a União incrementa o valor dos recursos. Caso contrário, ela suspende o envio. Foi o que ocorreu com Goiânia. Em março, técnicos do governo federal avaliaram que as bases do Samu estavam sucateadas e veículos em péssimo estado.
A equipe monitorou todas as bases que estão dentro do município, que hoje são 13 unidades de suporte básico e quatro unidades de suporte avançado. Com a publicação da portaria, Goiânia será punida com a suspensão de R$ 250 mil por mês, que eram enviados para os serviços de urgência e emergência pré-hospitalar móvel.