Sete marcas e lotes de café torrado foram retirados da lista de autorizadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Governo Federal afirma que a decisão de considerar essas marcas impróprias para o consumo se deu após matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido terem sido encontradas nos produtos. 

Cafés das marcas Cooperbac, Fino Sabor Superior, Rio Preto, Pedrosa, Caseiro Mineiro e Café Pioneiro foram reprovados na análise do Ministério, já que foram encontradas impurezas acima do limite permitido pela Portaria 570/2022, que coloca o padrão oficial de classificação do café torrado.

Sementes e grãos de outras plantas, areia, pedras, torrões, cascas e paus do cafeeiro podem ser consideradas como matéria estranha ou impureza no café torrado. 

 Os lotes de café que foram considerados impróprios para consumo, foram apreendidos como parte do Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal. O Ministério da Agricultura informou que a decisão foi baseada em análises laboratoriais e que as empresas responsáveis já foram notificadas.

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A lista dos produtos foi divulgada oficialmente, e o órgão determinou o recolhimento dos lotes inadequados. Consumidores que adquiriram os itens podem solicitar a substituição, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, além de interromper imediatamente o consumo desses produtos.

O Mapa reforça a importância de se interpretar corretamente os critérios utilizados para definir a aprovação ou não das marcas, “a fim de evitar equívocos e interpretações injustas”. A pasta explica: “Os lotes desclassificados resultam do cruzamento de dados como marca, lote, empresa responsável, unidade federativa do embalador, presença de registro no CGC/MAPA e tipos específicos de irregularidades, que podem variar entre problemas de composição e questões administrativas”. 

Veja abaixo quadro oficial do Mapa com os lotes avaliados de cada marca: 

Fonte: Reprodução / Mapa.

Respostas 

Em nota à Folha de São Paulo, a Café Rio Preto disse que o lote apreendido foi o de um café produzido no ano passado. “No mesmo período em questão fomos notificados, identificamos o problema e realizamos o recolhimento de todo o lote que na época estava em um único ponto de venda”, afirmam.

O posicionamento da Gimenez & Santos coloca que atendeu à notificação e fez as devidas adequações, sanando as questões relacionadas à notificação do ministério.

A empresa Café Conquista afirmou que o lote desqualificado pelo Ministério estava em fase de avaliação interna de qualidade, tendo sido reprovado no mesmo. “A empresa registra seu compromisso e respeito com o consumidor”, afirmam em nota.

As outras companhias não haviam se manifestado no momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.