Fernando Krebs diz ainda que Ministério Público sabia do esquema desde 2017 e não agiu de forma rápida

Fernando Krebs, Promotor de Justica

Por Leicilane Tomazini

O presidente afastado do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Sebastião Peixoto, já havia sido alvo de investigações sobre supostas irregularidades no pagamento dos credores, em 2017. Na ocasião, o inquérito foi aberto pelo promotor de Justiça Fernando Krebs.

Em 2018, a Controladoria Geral do Município (GCM) enviou um relatório ao promotor, apontando diversas irregularidades da atual e antiga gestão do Imas. O documento apontou, na ocasião, que o médico Carlos Henrique Duarte Bahia, então diretor do instituto, fechou contrato com a clínica Urgembras, da qual era sócio. Além disso, o relatório revelou suspeitas de má gestão por parte de Sebastião Peixoto.

O promotor Fernando Krebs falou ao Jornal Opção, que na época das primeiras denúncias, o Ministério Público requisitou uma auditoria para apurar o caso, mas a prefeitura optou em não demitir o então presidente do Imas, Sebastião Peixoto. Ele alega, ainda, que diante das provas robustas, Peixoto já deveria ter sido exonerado há tempos.

De acordo com Krebs, o Ministério Público deveria ter agido de forma mais rápida, só assim as investigações surtiriam mais efeito. Na época, o Imas negou as acusações de que estaria privilegiando credores e afirmou  que o pagamento ainda não havia sido feito em sua totalidade por falta de caixa, e que estariam respeitando a ordem dos pagamentos.

Com a prisão de Sebastião Peixoto, a presidência do Imas foi assumida, de forma interina, pelo  procurador André Quintino Paiva. A Controladoria Geral do Município informou que abriu processo administrativo para apurar os suspeitos de participar do esquema de corrupção, e dois servidores já foram afastados durante as investigações.

A assessoria da Prefeitura de Goiânia disse que não irá se pronunciar sobre o assunto.