Fátima Mrué garantiu que processo seguiu trâmite legal e que valor é inferior a de outras instituições de ensino

CEI da Saúde | Foto: Larissa Quixabeira

A secretária Fátima Mrué presta depoimento, na manhã desta sexta-feira (17/11), à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde para esclarecer as inúmeras irregularidades na pasta, apuradas pelos vereadores.

Questionada sobre os R$ 108 mil que serão pagos pela Prefeitura de Goiânia a duas servidoras da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para realização de um mestrado em São Paulo, a auxiliar do prefeito Iris Rezende (PMDB) agiu com naturalidade.

Segundo ela, mesmo com a crise que assola a saúde pública da capital, com falta de medicamentos, médicos e vagas em UTI, o processo, que tem valor mensal de R$ 4,5 mil, seguiu todos os “trâmites legais”.

“É um direito do servidor público, nesse caso específico das duas advogadas nossas que entraram com pedido, se outros tivessem feito também teriam sido avaliados”, garantiu.

Fátima Mrué enalteceu ainda o fato de que o mestrado das duas funcionárias, a ser realizado no Instituto Superior de Educação Santa Cecília, na cidade de Santos (SP), está “abaixo” da cotação feita em outrsa três unidades de ensino.

“Importante ressaltar que elas continuam trabalhando, vão, fazem o mestrado e retornam. São efetivas. [O processo] Tem parecer do procurador, avaliação da controladoria, liberamos nesse valor. R$ 108 mil é somatatório das duas e dois anos”, garantiu.

A explicação deixou os vereadores da CEI da Saúde indignados: Jorge Kajuru (PRP) chegou a lembrar que a secretaria deixou de contribuir com o Instituto do Diabético de Goiânia por “falta de recursos”.