Membros de facção goiana são alvos de operação por movimentar R$ 300 milhões com o tráfico de cocaína no Centro-Oeste
15 outubro 2024 às 12h57
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Membros da facção goiana Amigos do Estado (ADE) foram alvo de operação nesta terça-feira, 15, suspeitos de movimentar mais de R$ 300 milhões com o comércio de cocaína em todo o Centro-Oeste. Considerada a maior distribuidora de drogas de Goiás, a ADE utilizava ao menos três aeronaves para buscar cocaína na Bolívia. Atualmente, um dos aviões se encontra à serviço da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) após ser apreendido pela Polícia Federal (PF).
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A droga era distribuída a partir de pistas de pousos clandestinas em cidades do interior goiano para municípios de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Distrito Federal, segundo o delegado Francisco Costa. Buscando desarticular o esquema, a PC cumpriu 13 mandados de busca e apreensão domiciliar contra os investigados em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Eldorado dos Carajás (PA).
“Identificamos até o selo em que eles colocam na droga para testar a qualidade e a origem da droga. A partir desta identificação, conseguimos catalogar 17 apreensões entre 2019 e 2021. Foram aproximadamente 629 quilos de cocaína”, explicou.
A investigação teve início em 2019, já tendo identificado lideranças da ADE e traficantes vinculados à facção durante operação em 2022. Ne época, foram cumpridos 36 mandados de busca em Goiás e outros três estado, além do DF.
Segundo o delegado, foi comprovado ainda que o núcleo financeiro da organização utilizou ao menos 11 empresas para lavar R$ 300 milhões provenientes de tráfico de drogas. Parte das empresas sequer existiam, enquanto outras misturam o dinheiro lícito com o ilícito. Entre os segmentos utilizados pelos faccionados estão construção, confecção e revenda de carros.
“A gente espera que com o cumprimento destas buscas, a gente dê continuidade ao trabalho conclua a investigação, pedindo a prisão e o bloqueio das contas bancárias dos investigados”, concluiu.